... tempo lamechas, possibilidade de chuva...
E que tal barbatanar?
Barbatanar!?
Sim,
Barbatanar nas cores
do arco-íris
texto de Carlos
Canhoto
ilustrações de Marc
Pé de Página Editores
Chiiii!!!... eram tantos! Todos
muito parecidos uns com os outros, apesar das pequenas diferenças, algumas
minúsculas, que os distinguiam.
- Olha lá, porque é que tu tens
aqui duas riscas amareladas e eu, que nasci primeiro, só tenho uma? – refilava
um, muito chateado.
Lamentava-se outra:
- Mãe, mãe! As cores dele são
mais brilhantes do que as minhas!!!
- É natural, - respondeu-lhe a
mãe, sorrindo carinhosamente – ele é um menino e, na nossa espécie, os machos
são mais vistosos do que nós, as fêmeas.
E outro mais:
- Mãe, este mano aqui tem uma
tatuagem, e eu não tenho! – E começou logo a fazer birra, a bater a barbatana e
a gritar – Eu também quero uma! Eu também quero uma!
- Vá lá, não sejas assim, tu
também tens aqui uma parecida, está mais atrás e, por isso, não consegues vê-la
– tentou sossegá-lo a mãe.
Até apareceu um que já queria
mandar:
- Olhem todos para mim! Tenho
mais pintas azuladas do que vocês!!! Por isso vêm já atrás de mim … Vá … Vá …
Venham!...
- Isso, isso, “tá-se” mesmo a ver
… olha que te mordo a barbatana de trás! – Voltou-lhe um irmãozinho aborrecido
com os ares de convencido do mandão.
E foi assim, entre birras e
alegrias, que melhor se ficaram a conhecer, o que levou um longo mês de
confusão e diversão.
Assim começa a história de Flu, um peixinho colorido como a
alegria, que viveu no estuário de um rio muito grande, quase à vista do mar e,
depois … bom …
depois … só precisas de vir à Biblioteca requisitar o livro
e … ir barbatanar para qualquer lugar.
Este livro é aconselhado pela
Casa da Leitura da Gulbenkian e pelo Plano Nacional de Leitura e o seu autor,
Carlos Canhoto, ganhou em 2006 o Prémio Literário Maria Rosa Colaço, na área
juvenil, com o conto “O monte secou”.
Bom fim de semana
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