28 março 2013

Neste fim de semana de Páscoa, vamos sugerir-te um livro que nos fala de cozinheiras.


Cozinheiras de folar? Não
Cozinheiras de amêndoas? Não
Cozinheiras de ovos de chocolate? Também não.

Então??


Imagina se um dia não houvesse livros novos para lermos?...
E já tivéssemos lido todos os nossos livros de trás para a frente, de baixo para cima e até de pernas para o ar?
Como iríamos viver sem novas histórias, aventuras e heróis?

Encontras resposta a estas perguntas no livro 
vencedor do Prémio Literário Maria Rosa Colaço, na modalidade de Literatura Infantil, em 2008.

“As cozinheiras de livros”
Texto e ilustrações de Margarida Botelho
Editorial Presença


Com esta obra ficas a saber que os livros são feitos numa fábrica com sete chaminés, onde sete cozinheiras com os seus sete fogões cozinham sete histórias diferentes, pois cada uma tem a sua especialidade:

            Histórias de reis, princesas e castelos
            Poesia, rimas e lengalengas
            Teatro, marionetas e máscaras
            Histórias de aventuras e desertos
            Histórias de bicharocos, bichos e bichinhos
            Histórias de ondas e de marinheiros
            Histórias de segredos e magia!

Para saberes como se cozinham estas histórias, basta vires requisitar o livro na sala dos mais pequenos da Biblioteca Municipal.
.
Margarida Botelho, nasceu em 1979 em Almada. 
Formou-se em Arquitetura, mas desde que se lembra sempre gostou de tintas, lápis de cor e folhas brancas para desenhar as palavras e as formas das histórias que inventava. Frequentou em Nova Iorque uma especialização em "Criação de livros para a infância". É cofundadora do grupo de Teatro para a Infância "Rabo de Palha". Colabora com o Serviço Educativo do Centro de Arte Moderna e com o Descobrir a Música da Fundação Calouste Gulbenkian. Trabalha em ilustração, literatura infantil e em projetos multidisciplinares de educação artística. Desde 2005 que publica livros como escritora e ilustradora. 
Já ganhou vários prémios literários e participou em diversas exposições de ilustração.


Bom fim de semana
Boa Páscoa
Ilustração de Mariana Massarani


25 março 2013

“É importante gostar de ler porque ler transforma-nos.


Eu tenho a certeza que não seria a mesma pessoa se não tivesse lido certos livros que li na minha infância e adolescência."

Estas palavras são de Álvaro Magalhães, um escritor que assume um lugar de destaque no panorama literário infanto/juvenil português.

Álvaro Magalhães nasceu no mês de março de 1951, no Porto, cidade onde vive atualmente. Começou por publicar poesia no início dos anos 80 e, em 1982, publicou o seu primeiro livro para crianças, intitulado História com muitas Letras. Desde então construiu uma obra singular e diversificada, que conta com mais de três dezenas de títulos e integra contos, poesia, narrativas juvenis e textos dramáticos. As suas obras para a infância, onde reina a força do imaginário e da palavra, caracterizam-se por uma grande originalidade e invenção.
Alguma da sua obra encontra-se traduzida em Espanha e França e integra as listas do Plano Nacional de Leitura.


Os seus livros:
História com muitas letras; 
O menino chamado Menino
Isto é que foi ser!; 
Histórias pequenas de bichos pequenos; 
O homem que não queria sonhar e outras histórias,
foram premiados pela Associação Portuguesa de Escritores e pelo Ministério da Cultura em cinco anos consecutivos, entre 1981 e 1985.


A coletânea de poesia O limpa-palavras integrou a Honour List do Prémio Hans Christian Andersen, no ano de 2002.

Também em 2002 o livro Hipopóptimos-Uma história de amor recebeu o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens.

Colabora regularmente com a Companhia de Teatro “Pé de Vento”, para quem escreve textos, caso de Enquanto a cidade dorme; História de um segredo; Todos os rapazes são gatos.

Todas estas obras e muitas outras de Álvaro Magalhães, estão à tua disposição na sala infantil/juvenil da Biblioteca.


“Era uma vez uma dor de cabeça. As dores de cabeça vivem na cabeça das pessoas que têm dores de cabeça. Diz-se assim, mas a verdade é que as dores de cabeça também têm as pessoas. Esta é a história de uma dor de cabeça.
Ora bem, essa dor de cabeça alimentava-se muito bem: mais ou menos quatro comprimidos por dia (para as dores de cabeça, claro). Já tinha sido dor de calos dos pés, mas deu-se mal com os ares. Já tinha sido dor de barriga, mas deu-se mal com a alimentação e também já tinha sido dor de dentes, mas deu-se mal com as brocas do dentista. Agora era dor de cabeça e doía a valer. Era, como se costuma dizer, uma valente dor de cabeça. E doía como tal.”

Álvaro Magalhães
Excerto da “História de uma dor de cabeça”
do livro “O homem que não queria sonhar e outras histórias” 


Ilustração de Marcela Calderón
 Mau tempo lá fora, mas na sala infantil/juvenil da Biblioteca Municipal o tempo é outro ...  acolhedor e divertido.
Até já.

22 março 2013

Fim de semana de poesia na primavera

Porquê?
Porque é primavera (Ok, faz de conta!) e porque ontem - 21 de março - se comemorou o 
Dia Mundial da Poesia.

Poesia, sabes o que é?
São palavras que rimam.
Poesia é para comer? 
Não, mas é para saborear.


Nas palavras da escritora Maria Alberta Menéres

“Poesia é a beleza das coisas, é o sentido das coisas é uma forma de atenção a tudo, é um sentimento, é vivência, sabedoria, rigor, energia, espanto, é comunicação e descoberta sempre renovada.”


Convidamos-te a vir à Biblioteca Municipal, onde encontras, na sala infantil/juvenil, uma porta aberta para a poesia.
A sugestão é nossa, a escolha é tua, temos muitos … muitos livros de poesia, um deles há-de ser o teu preferido.



“Estes versos em que ensaias
o gosto que tens de ler
são os troncos em flor
da alegria de aprender.
A leitura é uma escada
feita à tua medida;
cada palavra sonhada,
cada palavra aprendida
será parente chegada
da secreta melodia
que na boca de quem lê
tem nome de POESIA.”

Do livro “Versos para os pais lerem aos filhos em noites de luar”,
de José Jorge Letria

É tão bom não ter juízo!

“É tão bom ser diabrete, pintar de verde o tapete,
É tão bom ser um mauzão, deitar pimenta no pão.
É tão bom ser um pirata, puxar o rabo da gata.
É tão bom ser um traquinas,
despentear as meninas.
É tão bom ser um travesso, vestir tudo do avesso.
É tão bom ser um marau, pôr no lixo o bacalhau.
É tão bom ser desastrado, cair no lago calçado.
É tão bom ser malandrão, roer os ossos do cão.
É tão bom ser um maroto,
pôr no prato um gafanhoto.
Tão bom ser insuportável,
pisar um senhor notável.
Ser sempre inconveniente,
ao careca dar um pente.
É tão bom ser mau, mau, mau,
soltar na aula um lacrau.
O pior é quando a mãe
resolve ser má também.”

Poema de Luísa Ducla Soares
Incluído no livro “Conto estrelas em ti: 17 poetas escrevem para a infância”
coord. José António Gomes


Bom fim de semana
Ilustração de Carlotta Castelnovi

19 março 2013




“O Pai é uma palavra
bonita de se escrever;
é leve como a brisa
com frescura de bem querer

O Pai é esse menino
que se esqueceu de crescer,
guardando dentro do peito
o jeito de nos entreter

O Pai é um dos nomes
que o afecto pode ter,
e sabe a palavra certa
que nos há-de proteger

O Pai é um livro aberto
onde há tanto para aprender;
é o abraço apertado
que nos ajuda a crescer

O Pai é a magia
de uma história inacabada,
quando dorme ao nosso lado
nos braços da madrugada.”

excerto do livro "O meu pai" 
de José Jorge Letria

FELIZ DIA DO PAI

Ilustração de Sonja Wimmer

15 março 2013

Férias! Férias!

Tempo para recuperar energia, descansar, brincar… e também para ler.
Sabes que as crianças que contactam habitualmente com os livros têm maior sucesso escolar? 
É verdade! É reconhecida a importância que a leitura tem na formação de crianças e jovens.
Aproveita as férias da Páscoa para vires à Biblioteca Municipal.


E porque também é fim de semana, deixamos-te a habitual sugestão de leitura, que nos fala de Minas um lápis escritor, que se encontra esquecido na gaveta da velha secretária do senhor Constantino e que julga ter chegado ao fim a sua carreira.
No entanto tudo muda no dia em que Mateus abre a gaveta pela primeira vez, começando assim uma relação de amizade, entre um menino que queria aprender e o lápis que o ensinou a escrever.
É um livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura.

“Minas, o lápis professor”
de Susana Cardoso Ferreira
Ilustrado por Susana Cardoso Ferreira e Rodrigo Maia
Editora Oficina do Livro


“Mas no que diz respeito a partidas linguísticas, Mateus não ficava atrás de Minas. À noite, sozinho no quarto, aquela hora que é depois de os pais mandarem para a cama e antes de apagar a lanterna das leituras secretas debaixo do edredão, Mateus estudava afincadamente o dicionário de Língua Portuguesa. Para quê, perguntam vocês? Se querem mesmo saber, era, para aprender as palavras difíceis e as mesmo muito difíceis.
  - Ora, deixa-me lá ver. Bem, temos … Es-pe-ci-fi-ci-da-de … não, esta não. Ga-ra-tu-ja … não, também não. Tem de ser muito mais difícil! Talvez no h …
  - A lanterna é para apagar, Mateus! São horas de dormir!– avisava-o a mãe, que conhecia de ginjeira os truques do menino.
No dia seguinte …
 - Minas, vê lá se consegues escrever, sem erros, Hipopotomonstrosesquipedaliofobia.
  - Hipopótamo o quê? 
  - Não conheces? É apenas a terceira maior palavra da língua portuguesa. Não devia ser difícil para um lápis poliglota!
  - Podes repetir, Mateus?
  - Nem pensar nisso! Infelizmente sofro de Hipopotomonstrosesquipedaliofobia.”

E tu sabes escrever Hipopotomonstrosesquipedaliofobia?
E sabes o que é Hipopotomonstrosesquipedaliofobia?

Não?
Então precisas de uma ajudinha do Minas e do Mateus, que se encontram no sítio do costume, sala infantil/juvenil da Biblioteca Municipal.

Bom fim de semana
Ilustração de Pascal Campion
Boas férias


11 março 2013

OBRAS, OBRAS E MAIS OBRAS ...


O QUE É QUE A BIBLIOTECA TEM?

TEM OBRAS. 
POR DENTRO E POR FORA.
[POR FORA, AGORA TEM MENOS.]




POR DENTRO CONTINUA A 
TER MUITAS OBRAS...
DE ARTE, COMO ESTAS


São desenhos feitos por alunos das nossas escolas e é uma pequena parte da exposição intitulada "OLHAR SOBRE A NOSSA CIDADE", que está patente ao público em vários locais da cidade. Infelizmente, as fotos que aqui apresentamos não conseguem mostrar a verdadeira qualidade dos trabalhos. 

Então, porque não vens até cá? 

Não queremos deixar de referir, que ficámos muito sensibilizados com os desenhos fantásticos da Biblioteca Municipal. Agradecemos às crianças e aos professores todo o empenho e rigor, que colocaram na elaboração desses trabalhos. Os desenhos do edifício estão perfeitos e os das estantes com livros são o máximo. 

MUITO OBRIGADO
[Esses desenhos podem ser vistos no átrio do Arquivo Municipal.] 

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MAS TEMOS MAIS OBRAS ...
ORA VÊ ...


São pinturas feitas pelos alunos da Escola de Artes do Sport Operário Marinhense, inserido no Projecto AMARTE. O tema dos trabalhos expostos foi a recriação de uma obra de arte conhecida. Poderão ser admirados ao longo do mês de março nos espaços de circulação da Biblioteca Municipal. 

Vê, mais uma razão para nos visitares.
  
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MAS AINDA TEMOS MAIS OBRAS ...



"LIVROS NO FEMININO" no átrio da entrada, até ao final do mês. É uma mostra de livros sobre a mulher, escritos por e para mulheres. Paralelamente, está exposto um conjunto de cartazes com datas históricas marcantes na situação da mulher na sociedade ao longo dos tempos. 
Na sala infanto-juvenil temos para ti uma exposição de livros de poesia e teatro.  

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E TEMOS MAIS OBRAS POR FORA ...


São "LIVROS EM MOVIMENTO" pelas escolas do 1º CEB do concelho. Na passada semana as funcionárias da Biblioteca Municipal procederam a mais uma rotação de livros  entre as diferentes escolas aderentes ao projetoPara conheceres melhor o projeto ou se quiseres saber quais os livros em circulação e a sua localização CLICA AQUI. 

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SÃO VÁRIAS AS RAZÕES 
PARA NOS VISITARES 

TEMOS MAIS OBRAS PARA TI





08 março 2013

Dia Internacional da Mulher


Pretende-se com a celebração deste dia  -  8 de março -, chamar a atenção e levar a uma tomada de consciência para o valor e a dignidade da mulher, perceber o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações, que por vezes são impostos à MULHER

Se, nos nossos dias, perante a lei da maioria dos países, não existe qualquer diferença entre um homem e uma mulher, a prática demonstra que ainda persistem muitos preconceitos em relação ao papel da mulher na sociedade.

Para saberes mais acerca deste assunto, sugerimos-te como leitura de fim de semana o livro

“Os direitos das mulheres” 
de Victoria Parker
ilustrado por Andrew McIntyre
Editora Gradiva


"Este livro reflecte criticamente sobre um assunto que, quer gostes, quer não, afecta a tua vida – o facto de seres homem ou mulher.
Não há nada que um homem faça que uma mulher não possa fazer (melhor!). Mas as mulheres têm de trabalhar o dobro do que os homens trabalham para atingirem os mesmos objectivos. 
PORQUÊ?
Não te parece injusto que as mulheres continuem, em muitos casos e em muitas sociedades, a ser discriminadas no emprego, que tenham de conciliar todo o trabalho doméstico, com a carreira profissional, que o acesso a cargos de poder lhes seja dificultado ou que ocupem uma percentagem ínfima dos cargos governamentais? 
Por que razão distingue a nossa sociedade os indivíduos de acordo com o sexo e não de acordo com a competência?

Todas estas questões têm sido levantadas no percurso da luta pelos direitos das mulheres, pelo que o mundo de hoje é muito menos um mundo de homens. É bem melhor ser mulher hoje em dia do que o foi durante muitos e muitos anos. Lê este livro e descobre porquê.”


Este fim de semana, 
que se prevê cinzento, vamos pintá-lo de 
cor-de-rosa.
Ilustração de Mariana Massarani

FELIZ DIA DA MULHER


04 março 2013

Hoje apresentamos-te o livro “Os Maias”

Não se trata da sua versão original tal como a escreveu o seu autor, Eça de Queirós, mas sim uma adaptação para os mais novos do escritor José Luís Peixoto.


 Os Maias é considerado um clássico da literatura portuguesa, uma obra exemplar cuja excelência é capaz de resistir ao tempo.
Escrito por Eça de Queirós, foi publicado pela primeira vez em 1888, é uma das suas obras mais conhecidas e uma das mais importantes de toda a literatura narrativa portuguesa.
Há 125 anos que a sua história é lida, sendo uma das obras estudadas na disciplina de português do ensino secundário.


A ação de Os Maias passa-se em Lisboa, na segunda metade do século XIX e conta a história de três gerações da família Maia. Mas a sua história é também um pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente do país a nível político e cultural e à alta burguesia lisboeta da época.

 “Foi há muito tempo. Foi antes de tu nasceres, foi também antes de eu nascer, foi antes de os teus pais nascerem e mesmo antes de os teus avós nascerem. Foi no tempo em que as casas tinham nomes. Nesse Outono distante, a casa que os Maias vieram habitar em Lisboa era conhecida pela Casa do Ramalhete, ou simplesmente o Ramalhete. Este nome engraçado provinha de um painel de azulejos que estava numa das paredes, onde estava pintado um grande ramo de girassóis atado por uma fita.
Ninguém tinha morado no Ramalhete durante muitos anos. Mas a casa foi arranjada e os Maias vieram morar nela. Os Maias eram uma família rica da Beira que era composta pelo avô, que se chamava Afonso da Maia, e pelo neto, que já era crescido e se chamava Carlos da Maia. O avô Afonso era um homem rigoroso, mas amigo de todas as crianças que, quando o viam, corriam para ele porque sabiam que ele era simpático e paciente. Foi com esse rigor e com esse coração de avô que criou Carlos desde pequeno. Nessa época, viviam longe de Lisboa, num lugar de campos e jardins, próximo das margens do rio Douro, que tinha o nome de Santa Olávia”.

in "Os Maias", adaptado para os mais novos por
José Luís Peixoto

Caricatura de Eça de Queirós
por Rafael Bordalo Pinheiro



José Maria Eça de Queirós nasceu a 25 de novembro de 1845, na Póvoa de Varzim e morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris. É considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária.
Escreveu entre outros, O mistério da estrada de Sintra, O crime do Padre Amaro, A tragédia da Rua das Flores, O primo Basílio, A cidade e as serras.





Vem ao encontro do século XIX e dos Maias na sala infantil/juvenil da Biblioteca Municipal.
Boa semana. Boas leituras.


01 março 2013

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