29 dezembro 2014

FELIZ 2015

"É aqui. (...), que mora o Ano em que nos encontramos, de 1 de janeiro a 31 de dezembro.
A sua tarefa é cuidar do nascimento de todos os dias. Cuidar de todas as horas, de todos os minutos e de todos os segundos...
Ora, este Ano, o Ano exato em que nos encontramos, começou, logo em janeiro, a refletir, a pesquisar, a sonhar...
Quanto mais pensa na forma como as coisas se fazem, mais certeza tem de que seria melhor fazê-las de outra maneira, com menos mecânica e mais sentido! Certo é que, desde o princípio dos tempos, a escolha do Ano Novo é feita ao acaso.
O Ano do Presente espera pacientemente (...) para explicar a sua ideia: escolher o Ano Novo que traga melhores planos para o mundo.
Abre-se então três vezes a porta da Infinita Sala do Tempo Futuro. E de lá saem três Anos Novos, todos em branco, todos com o seu ar de futuro. O Ano do Presente pede-lhes que falem dos planos que trazem consigo...
O terceiro candidato detém-se em silêncio e por fim diz timidamente:
- Acho muito difícil contentar toda a gente ao mesmo tempo. Nem estou certo de o querer fazer, mesmo que soubesse. Apenas trago dias para oferecer. O destino de cada um a cada um pertence.
O Ano do Presente pede então (...) ao terceiro candidato que se prepare para ser o Ano que se segue.
A meia-noite aproxima-se. Muita gente está já a festejar.(...)
- Bom Ano Novo - diz agora o Ano Velho. E deixa o Ano Novo na Sala do Tempo Presente para cuidar dos dias, das horas, dos minutos e dos segundos. Um ano cheio de sonhos e esperanças."
 
Sílvia Alves,
in A fábrica do tempo
 

Ilustração Eda Kaban
 

23 dezembro 2014

DIA DE NATAL

Ilustração Heather Castles
 
Hoje é dia de Natal
Mas o Menino Jesus
Nem sequer tem uma cama,
Dorme na palha onde o pus.
 

Recebi cinco brinquedos
Mais um casaco comprido.
Pobre Menino Jesus.
Faz anos e está despido
 
 
Comi bacalhau e bolos,
Peru, pinhões e pudim.
Só ele não comeu nada
Do que me deram a mim.
 
 
Os reis de longe lhe trazem
Tesouros, incenso e mirra.
Se me dessem tais presentes,
Eu cá fazia uma birra.
 
 
Às escondidas de todos
Vou pegar-lhe pela mão
E sentá-lo no meu colo
Para ver televisão.

 
Luísa Ducla Soares





      


 

 
 
 
 
 
 

19 dezembro 2014

ORA BEM ...

este é o último fim de semana antes do Natal, já deves estar muito entusiasmado a pensar no que o Pai Natal te vai trazer (e nas meias que aquela tia velhinha te costuma oferecer!), nos doces tradicionais que vais comer e que são típicos desta quadra. Em tua casa a árvore e o presépio já estão montados e andam todos numa grande azáfama a preparar a ceia de Natal.




Ora bem … tu ainda não tens idade para esta agitação toda, queres estar sossegado no teu canto à espera dos presentes, estás de férias, portanto, os adultos que tratem do peru, do bacalhau, das rabanadas, dos sonhos, do bolo-rei, etccccccccccccccccccc.

O que tu queres sabemos nós. 
Uma sugestão de leitura para o fim de semana.


O país das pessoas de pernas para o ar
Texto de Manuel António Pina
Ilustrações de João Botelho
Pé de Página Editores 


Escolhemos este livro escrito em 1973 por Manuel António Pina e reeditado em 2011, ano em que o autor foi premiado com o maior galardão literário dedicado à literatura em língua portuguesa, o Prémio Camões.
Considerado “um marco na literatura infantil portuguesa, polémico mas pioneiro de um estilo único e ousado no panorama da escrita infantil da época, ainda hoje muito atual. Fazendo uso do humor e do nonsense, o livro reúne 4 histórias divertidas”, e é “um hino à diferença, ao jogo dos contraditórios”.


Deixamos-te um excerto duma das histórias, sobre um menino especial, como são todos os meninos.



O menino Jesus não quer ser Deus

O menino Jesus não fugia à escola. Os outros meninos judeus juntavam-se para fazer maldades, o menino Jesus ficava sempre de fora. Os meninos tinham pena dele, mas tinha que ser assim: ele era Deus, e Deus não pode fazer determinadas coisas. Por isso, o menino Jesus não ia para o rio roubar fruta, nem dizia coisas indecentes. Nem sequer podia jogar à bola com os outros, porque fazia sempre milagres. Até que um dia o menino Jesus foi ter com S. José e disse-lhe:
  - Pai, não quero ser mais Deus.
  - Isso não é comigo, é com a tua mãe.
Foi ter com a Virgem Maria. Mas ela disse-lhe:
  - Agora já és Deus e pronto. Já não se pode fazer nada. Tu hás-de habituar-te, a mim a princípio também me meteu confusão. E agora vai estudar, porque amanhã tens que ensinar os doutores da lei.
O menino Jesus ficou muito triste e nessa noite não estudou nada. O milagre dos doutores por pouco ficava estragado.”



Já sabes o que tens a fazer,
passar pela Biblioteca Municipal e requisitar o livro.

Bom fim de semana
Boas Festas

Ilustração Stacy Heller Budnick



09 dezembro 2014

OG, UG, GOG, BOG, NOG, MOG





Foram estas as personagens com nomes estranhos, os heróis da nossa atividade de promoção da leitura Contamos ... contigo.


Grandes companheiras de aventura, as duas turmas do 4º ano do 1º ciclo da Escola Guilherme Stephens que nos visitaram e tiveram uma grande surpresa ao serem convidadas a viajar até à pré-história.



40 Crianças foram ao encontro dos homens das cavernas e dos mamutes, através do livro escrito por Jeanne Willis
“Tarte de mamute” 
com ilustrações de Tony Ross.


Foi muito divertido acompanhar as aventuras de Og e seus amigos, os seis homens das cavernas que esfomeados e fartos de comer caroços e tremoços, tentam caçar um mamute que vive na montanha, para fazerem uma deliciosa tarte com a sua carne.

Com estes meninos não houve necessidade de efetuar a visita guiada pelos vários espaços da Biblioteca, uma vez que já conhecem bem o espaço, pois costumam visitar-nos regularmente.

Antes de voltarem para a escola ficaram agendadas as próximas visitas para fevereiro e maio de 2015.

Congratulamo-nos por isso, pois mesmo vindo a pé, estas crianças continuam a visitar a Biblioteca Municipal, pelo facto felicitamos também o trabalho das professoras.


Até lá





03 dezembro 2014

VAMOS APRENDER ...

. . . a fazer etiquetas para as prendas de natal

Agora que se aproxima a pausa letiva do natal e vais ficar mais por casa, deixamos-te aqui uma sugestão para ocupares o teu tempo livre. 


Sabes que podes fazer as tuas próprias etiquetas 
para os presentes de Natal? 

É muito simples, basta seguires as imagens que se seguem. Faz tudo com muito cuidado e concentração. Vais ver que as tuas etiquetas vão ser um sucesso! Na imagem as etiquetas estão decoradas com um Pai Natal em origami, mas podes fazer outro tipo de decoração, como por exemplo, um desenho, colagens, recortes, etc. Nós sabemos que vais ter muita imaginação. Mas se tiveres alguma dificuldade ou quiseres fazer uma coisa diferente, podes vir à Biblioteca Municipal e requisitar um livro sobre trabalhos manuais. 



VAMOS LÁ! 

CONVIDA UM AMIGO PARA TRABALHAR CONTIGO.

MÃOS À OBRA!




25 novembro 2014

RUA SÉSAMO

Serão também estas palavras mágicas, à semelhança de “Abre-te Sésamo”, que abre a gruta onde os 40 ladrões guardavam um enorme tesouro e que deixou Ali-Babá rico?
Sim, são palavras mágicas, que nos abrem a porta da fantasia, da imaginação e da boa disposição.

Rua Sésamo chegou à televisão portuguesa em 1989,
adaptado do original norte-americano Sesame Street, e deixou de ser exibido nos anos 90, mas ainda hoje é recordado com saudade como um programa de referência, com objectivos educativos bem definidos, que ensinou a geração dos teus pais e tios a conhecer os números e as letras.
Mas, com certeza que também tu conheces os habitantes da Rua Sésamo:





O Egas, o Becas, o Poupas, o Monstro das Bolachas e o Monstro das Duas Cabeças, o Gualter
e tantos outros que ainda hoje, passados 45 anos, continuam em exibição na televisão dos Estados Unidos da América, conseguindo cativar crianças e adultos.


Os bonecos da série foram criados por Jim Henson, que também criou Os Marretas.

A sua produção estava a cargo da cadeia televisiva vocacionada para a educação, CTW – Children´s Television Workshop, em Portugal o escritor António Torrado foi coordenador do grupo responsável pelos textos.
A Biblioteca Municipal dispõe da coleção de livros “Rua Sésamo”, com histórias divertidas e muito oportunas, a partir de situações reais por que passam todas as crianças na grande aventura do crescimento.

 
 Muito fácil.
Não precisas de GPS, porque a Rua Sésamo mudou-se para a Biblioteca Municipal.
Traz os teus amigos, cabem todos.
Ilustração Sarah McIntyre


18 novembro 2014

CASA CHEIA

Pois é, na passada semana tivemos uma casa cheia. 
Cheia de crianças e de muito entusiasmo. 




No âmbito das iniciativas de promoção da leitura e da aproximação entre leitores e Biblioteca Municipal, recebemos a turma do 3.º ano da Escola da Várzea, que se encontra a funcionar na Escola Básica Guilherme Stephens. Vieram a pé, apesar da possibilidade de mau tempo, mas não faltaram. Começaram por conhecer as diferentes salas da Biblioteca. Ficaram a saber o seu funcionamento e organização. Para alguns foi apenas recordar aquilo que já sabiam, pois muitos destes alunos já conhecem muito bem a Biblioteca Municipal e são frequentadores assíduos da sua Biblioteca Escolar. Foi evidente o seu entusiasmo e a motivação que sentem pelos livros e pela leitura. A professora está de parabéns pelo excelente trabalho que desenvolve com estas crianças, sensibilizando-as para a importância da leitura ao longo do seu percurso formativo. Pela nossa parte é sempre um prazer recebê-los.


Mas nem só as crianças encheram a Biblioteca!
Também os adultos marcaram presença.




Uma visita com características diferentes foi a de 20 formandos do curso de Competências Básicas, do IEFP, a funcionar nas antigas instalações da CRISFORM - Marinha Grande. Trata-se de um grupo com baixo nível sócio-cultural que, apesar de residirem no concelho, não conheciam a Biblioteca Municipal.
A visita desenrolou-se da forma habitual, com uma breve explicação do funcionamento e organização de cada uma das salas da Biblioteca e com um momento de leitura. Todos saíram visivelmente satisfeitos e com vontade de voltar. 


A TODOS UM ATÉ BREVE!





CONTINUAMOS A CONTAR CONVOSCO





14 novembro 2014

SABES O QUE É?

São azuis, uns de um azul mais escuro, outros de um azul mais claro, mas também são verdes... e há um vermelho e outro negro e, também, o dos Sargaços, mas há mais … muitos mais.

Desempenha um papel essencial no bem-estar e na qualidade de vida das populações, assume importância estratégica e vital para a economia e desenvolvimento do nosso país.
Portugal será sempre o país dos Descobrimentos marítimos, com uma forte ligação ao MAR.


Por todas estas razões se comemora no próximo domingo, 
dia 16 de novembro, o Dia Nacional do Mar, 
com o objetivo de recordar a sua importância e reforçar a necessidade de o proteger.

Imagina que estás a passear na praia e à tua frente, no lugar onde devia estar o mar, apenas se encontra um grande, um enorme vazio. O mar ficou tão sujo, mas tão sujo por causa da poluição provocada pelo Homem, que não aguentou de tristeza e desapareceu.
Também tu ficavas triste e muito preocupado e, por isso, a nossa sugestão de leitura para este fim de semana é um livro que contém uma história com preocupações de educação ecológica e ambiental, que conta o mau comportamento de uma horrorosa família de pássaros bisnaus, que sujam a praia e o mar.



O dia em que o mar desapareceu
Texto José Fanha
Ilustrações Maria João Gromicho
Edições Gailivro



“… no meu mar é sempre Verão. Bem… eu acho que não é sempre Verão. Eu é que só lá vou no Verão e gosto de ver o mar muito azul, cheio de piquinhos de sol a brilhar para cima e para baixo no dorso das ondas. É preciso tratar bem do mar para ele ficar sempre assim tão azul, tão brilhante e tão limpo. Mas há quem não trate bem do mar. Vou contar-vos hoje o dia em que o mar começou a desaparecer e foi desaparecendo, desaparecendo e desapareceu de vez, tudo por causa de uns pássaros Bisnaus. Sabem o que são pássaros Bisnaus? Pois os pássaros Bisnaus são uns pássaros pretos e cheios de borbulhas … E andam sempre despenteados e cheiram mal porque nunca tomam banho. Os pássaros Bisnaus são horríveis, muito maus e burros!”


Leva um pouco do azul do mar 
para este fim de semana cinzento.
Para isso basta requisitares o livro, 
aqui na Biblioteca.

Ilustração Anne Cécile Boutard


Que era dantes o mar? Um quarto escuro
Onde os meninos tinham medo de ir.
Agora o mar é livre e é seguro
E foi um português que o foi abrir.


                                                                                                       Afonso Lopes Vieira,
                                                                                                        in Antologia Poética




03 novembro 2014

NEWSLETTER novembro


 
                                                                                         AQUI
 
 
 
 
 

29 outubro 2014

ANTÓNIO JORGE GONÇALVES

Ilustrador,
autor de banda desenhada, caricaturista, cenógrafo, designer gráfico e professor, nasceu em Lisboa a 19 de outubro de 1964.
 
Vencedor do Prémio Nacional de Ilustração 2013, atribuído anualmente pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, a um ilustrador pelo conjunto de trabalhos originais publicados numa obra para crianças e jovens, editada entre 1 de janeiro e 31 de dezembro do ano anterior ao concurso.
  
 
O livro que distinguiu António Jorge Gonçalves, tem texto do escritor angolano Ondjaki e chama-se
“Uma escuridão bonita”.
 

Licenciou-se em Design de Comunicação, na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e fez o mestrado em “Theatre Design” na Slade School of Fine Arts de Londres, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.
O seu trabalho multifacetado divide-se entre a banda desenhada, a ilustração editorial, o desenho digital ao vivo, assim como o cartoon político, bem visível no suplemento semanal Inimigo Público do jornal Público, pelo qual já foi premiado no World Press Cartoon.
Tem trabalhos publicados e expostos em Portugal, na Austrália, Coreia do Sul, Espanha, França, Bélgica e Itália.
 

“Ainda não descobri melhor forma de viajar dentro da cabeça de outra pessoa do que lendo um livro.”
                                                                                      A. J. G.
 
Tem trabalhado também nas áreas do teatro e da música colaborando com músicos, atores e bailarinos, não só em Portugal, como em França, Alemanha, Japão e Estados Unidos da América.
Escreveu e realizou o filme/espetáculo Lisboa quem és tu? para ser projetado nas muralhas do Castelo de S. Jorge, em Lisboa.
Criou o projeto Subway Life, em que desenha pessoas sentadas em carruagens do metro em várias cidades do mundo. No passado mês de março, inaugurou, no Metro de Lisboa, a exposição "Desenhos de cordel", com ilustrações que concebeu para livros de diferentes autores.
 


 
Vem descobrir o trabalho de António Jorge Gonçalves, na sala infantil/juvenil da Biblioteca Municipal.
 

24 outubro 2014

15 outubro 2014

INVENÇÕES ADOLESCENTES

 Não inventes!
 
De certeza que já ouviste esta expressão aos teus pais, professores ou amigos,
em resposta a algo que tenhas dito ou feito.
Provavelmente porque acharam um grande disparate, mas … houve grandes invenções realizadas por jovens como tu que revolucionaram o mundo.

Ainda adolescente o holandês Antoine van Leeuwenhoek, nascido em 1632, utilizando vidro moído, inventou o que se tornaria na primeira lente de microscópio modificando as características técnicas de uma lupa.


 
Louis Braille inventou o alfabeto Braille aos 15 anos. Cego aos três anos, este rapaz prodígio, nascido em França em 1809, não permitiu que a perda de visão o impedisse de alcançar os seus sonhos ou de criar uma das mais famosas invenções de todos os tempos, um sistema de leitura e escrita para pessoas cegas.
 
Nascido em 1814, o norte-americano Samuel Colt inventou o revólver aos 16 anos. Interessado por mecânica e depois de ser expulso da Academia onde estudava, foi trabalhar para um navio e aí ao observar o funcionamento do movimento do navio teve a brilhante ideia de anexar à arma de fogo um tambor que, após efetuar um disparo, girava e recarregava a arma, deixando-a pronta para um novo tiro.
 
                                                       
 
O talento precoce de Blaise Pascal para a física e a matemática levam-no a mudar-se de Clermont-Ferrand onde nasceu em 1623, para Paris, consagrando-se aí ao estudo dessas ciências.
Com 14 anos as suas experiências sobre sons deram origem a um pequeno tratado e quatro anos mais tarde, Pascal constrói a primeira calculadora mecânica, que apenas tinha a capacidade de somar e subtrair, a que chamou Pascaline.

 

 
 
 
 
Para saberes mais acerca destas e de outras invenções, basta vires à Sala Infantil/Juvenil da Biblioteca Municipal e consultares os livros que temos sobre este assunto.
 
Não inventes desculpas para não vires à Biblioteca.
 
Ilustração Alejandro O´Keefe
 

 

 

 

 

 

07 outubro 2014

DIA NACIONAL DOS CASTELOS


Caricatura de D. Afonso Henriques
por Miguel Salazar
 
Comemorado a 7 de outubro, o Dia Nacional dos Castelos foi instituído em 1984 com o objetivo de promover atividades ao longo do país relativamente aos castelos, fortes e outros tipos de fortificações.
 
Certamente que já viste ou visitaste algum dos belos castelos medievais que se encontram de norte a sul de Portugal, que são recordações do nosso passado e parte importante da nossa história, que contam extraordinárias aventuras desde os tempos de D. Afonso Henriques e das lutas contra os invasores, ajudando a definir a identidade portuguesa e retratando a sociedade da época.

Se hoje em dia muitos castelos são simples ruínas, imagina-os majestosos há umas centenas de anos atrás, quando eram novos, com bandeiras coloridas hasteadas nas torres e soldados de armaduras resplandecentes a patrulhar as muralhas. Inicialmente foram construídos em madeira, vindo a ser substituídos por estruturas de pedra. Erguidos em sítios altos, dominavam e vigiavam a região. O governante local ou o rei viviam lá e os habitantes das aldeias em redor refugiavam-se ali em caso de perigo.
 
 
***
 
 
 Através dos contos onde neles habitam belas princesas e fadas ou terríveis dragões e gigantes, os castelos também fazem parte do imaginário infantil.

Ilustração Fernando Vilela
“Um dia, o país da nossa história acordou de boca aberta. Então não é que, mesmo no meio da avenida principal, estava um castelo todo feito de nuvens? O castelo não estava no chão, erguia-se no ar, quase ao alcance da mão, mas suspenso no céu. Em vez de ponte levadiça (que é aquela coisa por onde, nas outras histórias, passam os cavaleiros todos vestidos de ferro) o nosso castelo tinha uma enorme escadaria, que parecia feita de algodão. Em vez de ameias (que é aquele sítio onde os guerreiros se escondiam a atirar setas) o nosso castelo tinha janelas, mas sem vidros, todas feitas com o azul do céu. E o castelo não tinha telhado.
Para vocês compreenderem melhor onde isto aconteceu, vou dizer-vos como era o país da nossa história: era um país muito pequenino, muito bonito, onde as pessoas andavam sempre muito ocupadas a terem juízo. Os homens e as mulheres eram muito trabalhadores, nunca faziam asneiras e as crianças a mesma coisa. Iam para a escola muito direitinhas, sempre pelo passeio, fartavam-se de estudar e tinham boas notas. Não viam televisão e por aí fora …
Para ser franco, tenho de dizer que era um país que nem parecia de verdade. Era assim a modos que uma coisa inventada por um senhor, daqueles que escrevem coisas e a gente chama escritores.”
Excerto do conto Um castelo nas nuvens,
in Uma mão cheia de histórias,
de Mário Contumélias
  
 
 


APROVEITA E VISITA OS CASTELOS DA NOSSA REGIÃO
 
BOA SEMANA
 
 
 
 
 

26 setembro 2014

MISTÉRIO E AVENTURA NO FIM DE SEMANA

As aulas começaram há pouco tempo, estás entusiasmado com as novas aprendizagens, com os novos amigos e professores, mas … o fim de semana sabe sempre bem.
 
Sim, são apenas dois dias, mas bem esticadinhos dão para fazer muita coisa.
Dormir mais um pouco, ver televisão depois de fazer os trabalhos de casa e, claro, pôr a leitura em dia.
 
Antes de apresentarmos a nossa sugestão de leitura, imagina-te sentado na escuridão à espera do início de um filme. No ecrã, o sol nascerá em breve e vais dar por ti a aproximares-te de uma estação de comboios, em plena cidade. Atravessa rapidamente as portas até chegares a uma entrada cheia de gente. Vais dar pela presença de um rapaz no meio da multidão. Ele começará a caminhar ao longo da estação. Segue-o, pois trata-se do herói do nosso livro. Tem o seu imaginário cheio de segredos e aguarda o início da história, que te vai levar até ao ano de 1931, sob os telhados de Paris.
A invenção de Hugo Cabret
Texto e ilustrações de Brian Selznick
Edições Gailivro
 
 
Órfão, guardião dos relógios e ladrão. Hugo Cabret vive entre as paredes de uma movimentada estação de comboios parisiense, onde a sua sobrevivência depende de segredos e do anonimato. Eis que, de súbito, o seu mundo se encaixa – tal como as rodas dentadas dos relógios que ele vigia – com o de uma excêntrica rapariga, amante de livros, e o de um velho amargo, dono de uma pequena loja de brinquedos, e a vida secreta de Hugo, bem como o seu segredo mais precioso são colocados em risco. Um desenho misterioso, um bloco que vale ouro, uma chave roubada e uma mensagem escondida do falecido pai formam a espinha dorsal deste confuso, terno e arrebatador mistério.
 

“Há uns anos li um livro intitulado Edison´s Eve: A magical history of the quest for mechanical life de Gaby Wood. Narrava a história verídica de uma coleção de complexas figuras mecânicas de corda (conhecidas por autómatos) que tinham sido doadas a um museu de Paris. A coleção foi esquecida num sótão húmido e, a dada altura, teve de ser deitada fora. Ao imaginar um rapaz a encontrar essas máquinas partidas e enferrujadas, Hugo e a sua história ganharam vida”.
                                                                                                                                  Brian Selznick


O livro foi adaptado ao cinema pelo realizador Martin Scorsese. Ora vê um excerto do filme.

 


Queres viver uma grande aventura este fim de semana?

Para isso precisas da companhia do Hugo.

Vem à Biblioteca, requisita o livro e … boa viagem até Paris!


Ilustração Patrícia Fitti
 

 

 

 

 

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