29 agosto 2014

A LEITURA ESPANTA OS MEDOS

Com certeza que, durante estas férias, estiveste a brincar com primos ou outros familiares e até com amigos, com os quais costumas passar algum tempo no verão.
Brincaram muito, na praia ou no campo, e até leram livros em conjunto.
Provavelmente, estiveram todos juntos no mesmo sítio, formando uma grande família.
Ilustração Faby
 
Este fim de semana queremos que conheças, não uma família grande, mas uma família numerosíssima, que vive no lugar mais improvável que possas imaginar.

Pois é, essa família vive debaixo da cama do Manel, a zunir-lhe aos ouvidos pela madrugada dentro: é a família dos medos. O pai medo é um Terror, a mãe Apavorante solta uns uivos de fazer estremecer a trovoada e, quando o tio aparece, acreditem que é um Susto. Há também um medito medricas e pequenote, um medinho miúdo que tem um grande segredo: é o Miúfa, um medo que tem medo ao próprio medo. O Manel, bom miúdo, tenta ajudá-lo. Mas será que faz bem?
Foi uma carga de complicadices bem complicadas conseguir depois expulsá-lo de dentro de si.

O Manel e o Miúfa, o medo medricas
Texto Rita Taborda Duarte
Ilustrações Maria João Lima
Editorial Caminho
 

Eu chamo-me Manel, tenho dez anos e acredito em tudo: em homenzinhos de sombra que nos invadem as paredes do quarto, em dragões felpudos de dentuça amarela, arreganhada, em famílias de medo, numerosíssimas, a viver debaixo da nossa cama, à espera da melhor oportunidade para nos assaltarem os sonhos. Algumas pessoas chamam-me medroso e dizem-me que não se deve ter medo. E eu fico a pensar que faz muito pouco sentido aquilo que me dizem: porque mesmo que não tenhamos medo, é certo que o medo nos tem a nós. E isso pode ser terrivelmente assustador: se deixarmos o medo entrar para dentro de nós, somos nós, afinal, que ficamos prisioneiros do medo.
Não é nada fácil explicar tudo isto às pessoas adultas que são, quase todas, muito pouco espertas. E há uma razão científica para que tal suceda, porque nada no mundo acontece por acaso e são raras as coisas que sucedem por magia: é que à medida que o corpo cresce, cada vez mais perto das nuvens e mais longe do chão, o cérebro vai definhando devagarinho, porque o pobre coração não tem força para transportar o sangue até à cabeça, lá tão ao alto, no cimo encarrapitado dos pescoços; além do mais, o ar que se respira lá por cima é muito mais rarefeito e pobrezinho, com muito menos oxigénio. Assim, à medida que ganham em centímetros, as pessoas vão perdendo em inteligência.
 

Não sejas medricas, vem à Biblioteca requisitar o livro e descobre como é que o Manel conseguiu fotografar a família dos medos, enquanto eles esbracejavam debaixo da sua cama.
 


Rita Taborda Duarte, nasceu em Lisboa, em 1973.
Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas − Variante Estudos Portugueses, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde concluiu também um mestrado em Teoria da Literatura. É docente do ensino superior.
Fez crítica literária no suplemento literário do Jornal Público e colabora regularmente com crítica de poesia e ensaio em diversas publicações da especialidade. É membro da Comissão de Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian.
Em 1998, publicou o seu primeiro livro de poesia, Poética Breve, a que se seguiram Na Estranha Casa de um Outro: Esboço de uma Biografia Poética e Dos Sentidos das Coisas, com coautoria de André Barata. Está representada em diversas antologias literárias.
Venceu, em 2003, o Prémio Branquinho da Fonseca, atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo jornal Expresso, com o original A Verdadeira História da Alice, obra destinada à infância. Desde então, tem publicado com regularidade livros destinados a crianças e jovens, que se caracterizam pela ironia, subversão da realidade e uma particular atenção aos jogos de linguagem.
 
 Bom fim de semana

Ilustração Marco Bucci

 

20 agosto 2014

PEÃO, CAVALO, BISPO, TORRE, RAINHA, REI

 O que significam estas palavras?
 
Tempo bem passado na sala infanto/juvenil da Biblioteca Municipal
a jogar xadrez.
 É verdade, o xadrez é um dos muitos jogos que encontras aqui na Biblioteca.
Junta os teus amigos e venham daí para uma partida.
 

Sabes que a origem do xadrez é um dos maiores mistérios do mundo?
 Porque não se sabe ao certo onde começou.
 
 Há quem atribua a sua origem ao lendário rei Salomão do Velho Testamento, que cansado da sua rotina, idealizou um concurso para que os participantes criassem um jogo onde não houvesse sorte ou azar. Os seus jogadores deveriam ter concentração, analisar estratégias, valorizando assim aspetos da inteligência humana e não a força física.
Outros atribuem-na aos egípcios, talvez porque um dos documentos mais antigos sobre o xadrez é a pintura mural da câmara mortuária de Mera, em Sakarah (nos arredores de Gizé, no Egito). Ao que parece, essa pintura, que representa duas pessoas a jogar xadrez, data de aproximadamente 3000 anos antes da era cristã.
Ilustração Ester Al
Mas, atualmente a teoria mais aceite é que ele teve origem na Índia por volta do século VI d. C. Era conhecido como "o jogo do exército" ou "Chaturanga" que significa “quatro armas” em sânscrito. Quatro pessoas podiam jogá-lo. Graças às viagens dos mercadores e dos comerciantes o jogo espalhou-se para leste (China) e oeste (Pérsia). Mais tarde os árabes estudaram profundamente o jogo e constataram que ele estava bastante relacionado com a matemática, escreveram vários tratados sobre isso e aparentemente foram os primeiros a formalizar e escrever as suas regras.
 
Com as invasões árabes do século X, o “Chaturanga” chegou à Europa, passando então a ser disputado apenas por duas pessoas.
Existe um poema Persa que fala do xadrez e menciona que a vinda do jogo foi da Índia. O xadrez emigrou para a Pérsia (atual Irão) durante o reinado de Chosroe-I Annshiravan (531-579) e é descrito num manuscrito persa daquele período, que explica a terminologia, nomes e funções das peças com certo detalhe.
 
 

 “O xadrez ajuda a melhorar a atenção, a disciplina, o pensamento lógico e a imaginação.”
                                                                              Garry Kasparov, ex-campeão mundial de xadrez

14 agosto 2014

MERGULHAR NA LEITURA

Fim de semana prolongado. Pois! Ainda não tinhas percebido que amanhã é feriado, porque para quem está de férias todos os dias são feriado. Vidinha boa!! Sim, mas muito merecida!


Ilustração Fiep Westendorp
Também o Stanley Potts, um garoto vulgar que vivia uma vida vulgar numa casa vulgar numa rua vulgar, tinha uma boa vida, até que ... pum! De repente a sua vida tornou-se uma loucura e foi
assim que Stanley se tornou

O rapaz que nadava com as piranhas
Texto David Almond
Ilustrações Oliver Jeffers
Editorial Presença
 


O seu autor, David Almond nasceu em Newcastle a 15 de maio de 1951.
É um dos mais conceituados escritores britânicos da literatura infanto-juvenil contemporânea. Estreou-se com o livro O segredo do Senhor Ninguém, com que conquistou o público de várias faixas etárias e os aplausos da crítica.
 
Recebeu inúmeros prémios de prestígio, como o The Carnegie Medal, o Whitbread Children’s Book Award, o Smarties Book Award, destacando-se o Prémio Hans Christian Andersen, o mais importante prémio internacional da literatura infanto-juvenil.
 
 
 
«Com o realismo mágico característico da sua escrita, está a tornar-se o Gabriel García Márquez da ficção juvenil.»
                                                                                                      Times Educational Supplement

 

 
"Aqui têm uma pergunta. Vocês gostariam que alguém em vossa casa – o vosso tio Ernie,
por exemplo – resolvesse transformá-la numa fábrica de peixe em conserva? Gostariam que houvesse baldes de petingas e barris de cavalas por todo o lado para onde olhassem? E se um cardume de sardinhas andasse a nadar na banheira? E se o vosso tio Ernie continuasse a fazer mais e mais máquinas – máquinas para cortar cabeças, para cortar caudas, para tirar as tripas; máquinas para as limpar e as cozer e para as amassar em latas. Estão a imaginar a bagunça? Estão a ver a sujeira? E pensem só no fedor!
E se as máquinas do vosso tio Ernie aumentassem tanto que ocupassem todas as divisões – o vosso quarto, por exemplo, de maneira que vocês tinham de dormir num armário? E se o vosso tio Ernie dissesse que não podiam continuar a ir à escola porque tinham de ficar em casa a ajudá-lo a enlatar o peixe? Agrada-vos? Ah, mas se em vez de irem à escola tivessem de começar a trabalhar todas as manhãs às seis horas em ponto? E não tivessem férias? E nunca vissem os vossos antigos camaradas? Gostavam? Uma ova!"


Curioso para saber como é que o Stanley se safou desta?
Como é que a sua coragem e ousadia o tornaram o herói desta história?

Então não percas tempo e antes de ires de fim de semana ou de férias passa pela
Biblioteca e requisita o livro.

 
Ilustração Godeleine de Rosamel

Boas leituras
 

 

05 agosto 2014

Volta ao Mundo

Já pensaste (possivelmente quando fores mais crescido) em dar a volta ao mundo?
Imaginas que deve ser uma experiência incrível e extraordinária?
Quanto tempo será necessário para o fazer? Um mês, dois, um ano, dois anos, … 80 dias?
 
 Foi isso que imaginou o escritor francês Júlio Verne, no século XIX, cuja obra tem inspirado gerações de leitores em todo o mundo, que cresceram com o sonho de viajar no Nautilus com o Capitão Nemo.
Caricatura de Júlio Verne por Luis Carreño
A sua criatividade aliada ao seu fascínio pela ciência e ao desejo de conhecer lugares exóticos, levou-o a escrever aventuras em locais extraordinários, com descrição de povos e pessoas reais e imaginárias.
 
 Hoje apresentamos-te uma das suas obras mais conhecidas
A volta ao mundo em 80 dias
 

 
O livro começa com a apresentação do Sr. Phileas Fogg, um gentleman da sociedade inglesa, que recebe em sua casa o seu novo criado particular, o francês Jean Passepartout. Nesse mesmo dia, enquanto jogava às cartas com outros membros do Reform Club e discutiam o recente assalto ao Banco de Inglaterra, Fogg afirmou que seria possível ao ladrão em fuga dar a volta ao mundo em oitenta dias, ou, por outras palavras, em mil novecentas e vinte horas, ou cento e quinze mil e duzentos minutos.
Esta afirmação causou uma acesa discussão entre todos, ao ponto de Fogg fazer uma aposta com os outros jogadores em como conseguiria dar a volta ao mundo em oitenta dias, arriscando assim, metade da sua fortuna.
Feita a aposta, Phileas Fogg partiria nessa mesma noite, dia 2 de outubro, e regressaria a Londres no dia 21 de dezembro, exatamente às 20.45h.

 
 A partir daí começa a aventura que leva Fogg e Passepartout a cruzarem os 5 continentes … em 80 dias, utilizando todos os meios de transporte; comboios, navios, carruagens, trenós e até um
elefante.
Esta grande aventura da literatura está ao teu alcance, na sala infantil da Biblioteca Municipal.
 
Podes ler aqui o livro ou requisitá-lo para ler em casa, e ainda podes aproveitar para ver o filme, adaptado desta obra, considerado um dos melhores filmes de entretenimento feito em Hollywood (EUA).  
 
“O mundo possui 6 continentes: Europa, África, Ásia, América, Austrália e Júlio Verne”
                                                                                                                     Claude Roy


Cartaz de apresentação do filme "A volta ao mundo em 80 dias"


BOA SEMANA

01 agosto 2014

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