26 julho 2017

DIA DOS AVÓS





Texto Chema Heras
Ilustração Rosa Osuna
Kalandraka Editora


" (...)
- Ouviste, Manuela? Esta noite temos baile!
- Sim, Manuel. Mas eu não vou.
Já não sou menina, para andar de festa em festa.

O avô não disse nada. Olhou para o sol, que estava quase a
esconder-se no horizonte, e agachou-se para 
colher uma margarida que crescia por entre a erva.

Depois, foi ao pé da avó, deu-lhe a flor e disse:
- Porém, tu és muito bonita, Manuela.
És tão bonita como o sol!

A avó sorriu e foi ver-se ao espelho.
- Não é verdade. Sou feia como uma galinha sem penas.
  - disse ela, prendendo a margarida no cabelo.

- Não digas isso, mulher!
Tu és bonita como o sol!

E faz favor de apressar-te, que temos de ir bailar.

(...)
- Que vais fazer com essa saia?
- Vou esconder estas pernas, que as tenho magrinhas como agulhas.
- Não digas isso, mulher. Tu és bonita como o sol,
com teus olhos tristes como as estrelas da noite
e as tuas pestanas curtas como erva recém cortada
e a tua pele enrugada como as nozes de uma tarte,
os teus lábios secos como areia do deserto,
o teu cabelo branco como uma nuvem de verão
e as tuas pernas magrinhas como uma andorinha.

(...)
O avô agarrou na avó, pela cintura, e puseram-se a bailar.
Depois, olhou profundamente nos olhos da avó e disse-lhe:
- Manuela, tens os olhos tristes e formosos
como as estrelas da noite.

(...)
A avó agachou-se e apanhou uma margarida,
prendeu-a ao casaco do avô e aconchegou-se no seu peito.
Depois, olhou para o céu, e tornou a olhar o avô,
bem nos olhos e, sem deixar de dançar, disse:
- Manuel, és tão bonito como a lua! "












20 julho 2017

QUANDO O CALOR APERTA ...


Ou não
 
Sabem bem durante todo o ano,
 principalmente no verão porque refrescam.
 
Grandes e pequenos, ninguém lhes resiste.
 
Com sabores variados, também tu em casa, podes fazê-los,
 com a ajuda de um adulto.
 
 
O Quê?
Gelados, pois claro.
 
 
 
Podes criar combinações coloridas
com camadas de fruta,
iogurte e sumo.
Os gelados são uma excelente
fonte de vitaminas.
 
Segue esta receita simples 
 
150 ml de natas, 30 g de açúcar em pó, 500 g de iogurte natural, 90 g de bolachas com pedaços de chocolate, 90 g de caramelos e 60 g de gomas pequenas.
 
  1. Corta os caramelos em bocadinhos pequenos e parte as bolachas em pedaços um pouco maiores. Põe de lado.
  2. Coloca as natas numa tigela e peneira lá para dentro o açúcar em pó. Bate as natas até ficarem macias.

  3. Envolve cuidadosamente o iogurte, os caramelos, as bolachas e as gomas nas natas com uma espátula de plástico ou uma colher de metal.
  4. Põe a mistura num recipiente de plástico, tapa-o e congela-o. Mexe o preparado 2 horas depois, para impedir que se formem cristais de gelo, e volta a congelar durante pelo menos 2 horas.
  5. Quando o preparado estiver gelado, deixa-o derreter alguns minutos. Tira algumas bolas do gelado e serve-as em cones de baunilha ou taças.
 
 Receita retirada do livro Culinária para crianças,
de Katharine Ibbs, Editora Civilização,
que tens à disposição, aqui, na Biblioteca Municipal
 
 
 
 
Come antes que derreta 
 

Ilustração Rimas Valeikis




12 julho 2017

OS NÚMEROS DO 1º SEMESTRE

Terminado o primeiro semestre de 2017, vamos apresentar alguns números, que refletem parte da atividade da Biblioteca Municipal e dos serviços por ela prestados.
Através do gráfico apresentado a seguir, podemos ver o número de livros emprestados para leitura domiciliária e a comparação com os meses análogos do ano anterior.


Comparativamente ao ano anterior, verificamos que houve uma diminuição na quantidade de livros emprestados. De 3.961 livros emprestados no 1.º semestre de 2016, passámos para 3.412 em 2017, significando uma diminuição de 549 livros requisitados. Se analisarmos mês a mês, verificamos que só nos meses de março e maio superámos os números de 2016.


Da totalidade de livros requisitados, cerca de 77% foram por leitores numa faixa etária acima dos 18 anos, 5% na faixa situada entre os 13 e os 17 anos e 18% dos livros emprestados pela Biblioteca Municipal destinaram-se a leitores até aos 12 anos.

Ao longo do 1º semestre de 2017 registamos novas adesões, com a inscrição de 83 novos leitores, distribuídos da seguinte forma: 49 inscrições de novos leitores com idade acima dos 18 anos, 5 com idade compreendida entre os 13 e os 17 anos e as restantes 29 inscrições pertencem a crianças até aos 12 anos.


TOP dos 6 mais requisitados
ao longo do 1º semestre















07 julho 2017

PORQUE O MAR É O CAMINHO PARA A MINHA CASA

Nesta altura do ano, todos os caminhos vão dar ao mar.
É tempo dos dias grandes passados na praia, 
de brincadeiras na areia, de deixar o sol dourar a pele, 
de banhos refrescantes na água salgada.

Ilustração Christine Roussey

E, porque os hábitos saudáveis são importantes na nossa vida, como o prazer de ler, deixamos-te uma sugestão de leitura para te acompanhar nestes dias de verão, que convidam à aventura e ao desafio.
Vais acompanhar o jovem Hans, que deixa a  ilha escandinava de Vig, onde nasceu, e parte à procura do seu destino. O acaso leva-o para uma cidade do sul, terra de granito e de camélias.
Contudo, a sua alma permanece no mar ...
É lá que Hans procura a canção secreta da sua saga.


Texto Sophia de Mello Breyner Andresen
Ilustração Maria João Worm
 Porto Editora


"(...) Hans (...) procurava ouvir, quando o vento soprava do sul, entre o sussurrar dos abetos, o distante, adivinhado, rumor da rebentação. Carregado de imaginações, queria ser, como os seus tios e avós, marinheiro. Não para navegar apenas entre as ilhas e as costas do Norte, seguindo nas ondas frias os cardumes de peixe. Queria navegar para o Sul.
Imaginava as grandes solidões do oceano, o surgir solene dos promontórios, as praias onde baloiçam coqueiros e onde chega até ao mar a respiração dos desertos. Imaginava as ilhas de coral azul, que são como os olhos azuis do mar. Imaginava o tumulto, o calor, o cheiro a canela e laranja das terras meridionais.
Queria ser um daqueles homens que, a bordo do seu barco, viviam rente ao maravilhamento e ao pavor, um daqueles homens de andar baloiçado, com a cara queimada por mil sóis, a roupa desbotada e rija de sal, o corpo direito como um mastro, os ombros largos de remar e o peito dilatado pela respiração dos temporais. Um daqueles homens cuja ausência era sonhada e cujo regresso, mal o navio ao longe se avistava, fazia acorrer ao cais as mulheres e as crianças de Vig, e a história que eles contavam era repetida e contada de boca em boca, de geração em geração, como se cada um a tivesse vivido."


Ilustração Stéphanie Augusseau







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