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28 outubro 2020
23 outubro 2020
ESCREVER NAS NUVENS
Já pensaste que através de um livro podes construir uma história diferente, com as mesmas palavras do autor?
Vamos exemplificar com o livro, A nuvem cor-de-rosa, composto por nove pequenos contos, todos eles envoltos numa espécie de brilho cor-de-rosa, que o título, sendo de um desses contos, parece emprestar a toda a obra.
Foi escrito por Arsénio Mota
"O Poeta vivia no centro do mundo, onde sopram ventos cruzados nas quatro direcções cardeais. E os ventos empurravam os balões da sua pele em todas as direcções, até ao mais remoto canto da Terra e do céu, onde uma fada cose farrapos de nuvens brancas que andam pelo espaço azul. Dentro dessas nuvens tudo era possível!
O Poeta tem uma pomba viva dentro de um livro que guarda na estante e quem o sabe? A pomba traga nas suas brancas asas a luz da aurora que espalha pelas aldeias e leve no bico grãos de trigo que enterra num bocadinho de chão lavrado na Terra dos Gigantes e de seguida em voo alto a fugir à chuva, uma gota lhe molhe a ponta do bico. Talvez, no dia seguinte, a pomba venha poisar no telhado de sua casa.
O Poeta sabendo que uma doença tinha atacado sem licença, um mandarim na China, mandou um coro cantar-lhe em verso o desgosto."
Desta forma, criámos uma pequena história, pegando numa parte de cada um dos contos.
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Ilustração Daphne P. Sarros |
Mestre Júlio Resende nasceu no Porto em 23 de outubro de 1917. Diplomou-se em Pintura em 1945 pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Fez a sua primeira aparição pública em 1944 na I Exposição dos Independentes.
Faleceu a 21 de setembro de 2011.
- 2º Prémio de Pintura da Fundação Calouste Gulbenkian;
- Prémio "Columbano" da Câmara Municipal de Almada;
- Prémio Nacional de Pintura da Academia de Belas Artes;
- Prémio Armando de Basto;
- Prémio Amadeo de Souza-Cardoso;
- Medalha de prata na Exposição Internacional de Bruxelas;
- 1.º Prémio de Artes Gráficas na X Bienal de S. Paulo e Ordem de Mérito Civil do Rei de Espanha.
16 outubro 2020
VAMOS CELEBRAR AS BIBLIOTECAS ESCOLARES
Neste mês de outubro, celebremos as bibliotecas escolares, convidando todos a comemorar a ligação entre os livros, a leitura, as bibliotecas e a saúde e o bem-estar.
Estimular nas crianças o hábito e o prazer de ler, aprender e usar bibliotecas durante toda a vida, é um dos grandes objetivos das bibliotecas escolares.
Biblioteca Escola EB1 Prof. Francisco Veríssimo - Ordem - Marinha Grande |
07 outubro 2020
A BELA MOURA DE LEIRIA
Testemunhos da memória coletiva dos povos e importantes referências a nível arquitetónico, histórico, cultural e simbólico de um país, os castelos fazem, também, parte do imaginário infantil, palco de aventuras e brincadeiras.
Portugal, com centenas de castelos e fortes assinala hoje, dia 7, o
Dia Nacional dos Castelos.
Perto de nós, o Castelo de Leiria, guarda a magia de tempos remotos, onde se cruzavam belas donzelas, reis e rainhas, cavaleiros, soldados, homens e mulheres humildes, que deram origem a muitas lendas, entre as quais a da princesa moura Zarah.
O livro escrito por Orlando Cardoso, profundo conhecedor da história da região de Leiria, conta a história passada em tempos muito distantes em que o rei D. Afonso Henriques conquistava cidades e vilas, que se encontravam na posse dos mouros, tendo chegado às proximidades da cidade do Lis, que acabou por conquistar, também.
Aqui, ordenou a construção de um castelo que entregou à guarda dos seus guerreiros, partindo para a conquista de novas terras, construindo, desta forma, um Portugal maior.
Os mouros tendo sabido que o castelo se encontraria com algumas falhas de segurança, regressaram e, através de uma renhida luta, venceram os poucos guardas tomando-o de assalto. Nessa altura, passou a ser guardião do castelo um velho mouro que vivia com a sua filha, chamada Zarah, que era uma linda moura de olhos cor de esmeralda.
É Zarah, quem conta a história do castelo e da cidade, onde atravessam os séculos os poetas Francisco Rodrigues Lobo e Afonso Lopes Vieira e o escritor Eça de Queirós.
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Ilustração Rui Pedro Lourenço |
"Foi então que ouvi o sinal, o repique festeiro dos sinos de todas as torres de Leiria, de S. Gabriel a S. Miguel, de Santo António do Carrascal a S. Francisco, de Santo Estêvão a S. Pedro. A boa-nova propagou-se como fogo queimando palha ressequida. Soube, por esses dias, que Leiria era cidade e que um bispo já vinha a caminho (...)
Saudade não é, como muitos dizem, palavra cristã. Ela existe, e dói, no fundo do meu coração. Meu avô, o poeta al-Mutamid, disse um dia a minha mãe: «Solta a alegria! Que fique desatada! Esquece a ânsia que rói o coração.»"
Outras lendas relacionadas com o castelo de Leiria, referem que sob o castelo existe um vulcão adormecido, responsável pelo aquecimento da água da fonte quente e que existe uma passagem secreta subterrânea que permite a comunicação do castelo, com uma igreja do lado oposto da cidade.
Zarah, espera por ti, aqui na Biblioteca Municipal, para juntos celebrarem o
Dia Nacional dos Castelos
02 outubro 2020
QUANDO OLHAS PARA O MUNDO O QUE VÊS?
Tudo quanto nos rodeia e que faz parte do nosso quotidiano, que sempre conhecemos, do mais simples objeto ou produto, ao mais complexo problema, tem uma história, muitas vezes, engraçada e fascinante.
Provavelmente já questionaste os teus pais acerca de algumas, outras são tão extraordinárias e estranhas que nem pensamos nelas
Mas, há pessoas que estudam e pesquisam para que todos possamos ter acesso a mais conhecimento e informação.
É o caso de Simon Eliot o autor deste livro, que podes requisitar aqui na Biblioteca.
⛰Já deves ter observado uma teia de aranha, mas sabias que as aranhas fazem uma teia todas as manhãs e destroem-na durante a noite?
⛰A primeira pasta de dentes foi feita com casca de árvore em pó e aromatizante. Por volta do ano 3000 a. C., os egípcios faziam pasta com cinza em pó. Os dentífricos modernos começaram a ser desenvolvidos no século XIX, época em que os seus inventores lhes juntaram outros compostos, como sabão e giz. O flúor e o cálcio só foram adicionados às pastas nas décadas de 60 e 80 do século XX. Quanto às primeiras escovas de dentes eram feitas de pelos retirados do pescoço dos porcos.