27 setembro 2019

EU SÓ ... SÓ EU

És filho/filha único/a ?
Aí em casa tudo gira à tua volta?
Isso aborrece-te?
Gostavas que fosse diferente?


Então lê este livro e vê como a situação se pode alterar.


Autora
ANA SALDANHA
Ilustradora
YARA KONO
Editora
CAMINHO

O livro conta-nos a vida de uma criança sem irmãos. Por essa razão não precisa de dividir com ninguém os seus brinquedos, o seu quarto, o colo da mãe , o abraço do pai, os miminhos da avó e por aí em diante. 





Resultado de imagem para Editorial Caminho livro eu só só eu sinopse

Até que algo novo aconteceu, passando a não ser só EU, mas rapidamente a ser só MEU ... Vamos descobrir a razão dessa alteração.


Este livro é recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para apoio a projetos relacionados com a cidadania no ensino pré-escolar e 1.º e 2.º anos de escolaridade.


ANA SALDANHA

Imagem relacionadaNasceu em 1959 no Porto, tendo-se licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Português e Inglês). Tem o mestrado em Literatura Inglesa pela Universidade de Birmingham e é actualmente leitora de Português na Universidade de Glasgow. Ganhou o Prémio Literário Cidade de Almada com o seu romance Círculo Imperfeito e tem-se também dedicado à tradução. Mas é sobretudo conhecida como autora de livros para jovens, domínio em que se afirma como uma das vozes mais seguras e promissoras do panorama português contemporâneo.
In, site wook.pt





16 setembro 2019

ODIAR A ESCOLA

Para a generalidade das crianças, hoje será o primeiro dia de aulas. Para muitos é apenas um regresso e um reencontroPara outros será um início. Desejamos que todos gostem da sua escola, dos professores e colegas. Que todos tenham um bom ano letivo, de preferência, cheio de sucessos, pensam os adultos. E as crianças? o que pensam? 

Será obrigatório gostar da escola?
   Há meninos que odeiam a escola?   

Convidamos-te a conhecer a Ana Rita, uma menina que vive no livro escrito por Jeanne Willis e ilustrado por Tony Ross e que, aparentemente, não gosta nada, nada da escola.



Era uma vez uma menina
Que não gostava de aprender.
O seu nome era Ana Rita
E queria ver a escola a arder.

Quando lhe perguntei a razão
Corou de tão irritada.
Atirou o chapéu ao chão
E disse-me muito zangada:

- A professora é um sapo feio!
A sala, um buraco no chão!
- Na cantina dão-nos lesmas
- E cocó de coelho à refeição!

Este é um livro recomendado para o 1.º ano de escolaridade, pelo Plano Nacional de Leitura. Conta-nos a experiência da Ana Rita na escola, para quem o novo ano letivo era sempre pior do que o anterior e onde nada era do seu agrado.

Pobre Ana Rita, coitadinha!
Obrigavam-na a ir cada dia,
Ainda por cima sozinha.
- O primeiro ano foi o pior - dizia.
(...)
O segundo ano foi terrível...

A experiência da Ana Rita talvez seja partilhada por muitos meninos, que também não "morrem de amores" pela escola. Mas será que nunca vão conseguir gostar? Será que a escola vai ser sempre um sítio terrível, com professores feios, colegas maus e onde tudo corre mal?

Ana Rita odiou a escola
Durante anos e anos a fio.
Mas no último dia de aulas
As lágrimas formavam um rio.

- O que foi? - perguntei espantada.

- Já não tens de lá voltar.
Mas a Ana gemia e chorava...
- E as saudades com que vou ficar?












06 setembro 2019

PREPARADOS?

Com as férias a terminarem, é tempo de recomeços.
  • Recomeçar um novo ano letivo;
  • Recomeçar rotinas que ficaram esquecidas nas férias;
  • Recomeçar aprendizagens e desafios.


É tempo de guardar num recanto da memória os 
bons momentos vividos nas férias de verão.

Ilustração Sahar Pejman

É tempo de virar a página e seguir outros caminhos, com rapidez ou mais lentamente, o importante é chegar à meta que definimos para nós e assumir sem receio o nosso ritmo e forma de ser.

O escritor chileno, Luis Sepúlveda, escreveu uma fábula que nos faz pensar no porquê das coisas serem como são e não de outra forma, através da ousadia de um caracol que quis saber porque razão era tão lento.


"Um dia, o caracol que desejava conhecer os motivos da lentidão ouviu os sussurros de dois caracóis mais velhos. Falavam do mocho que vivia entre a folhagem da faia mais antiga (...)
Comentavam que ele sabia muitas coisas e que, nas noites de lua cheia, sem se preocupar se era ou não ouvido, cantava uma litania que falava de muitas árvores chamadas nogueira, castanheiro, azinheira e carvalho, que os caracóis nunca tinham visto nem conseguiam imaginar. (...)
Decidiu o caracol perguntar ao mocho os motivos da lentidão e lentamente, muito lentamente, dirigiu-se à mais antiga das faias (...)
- Mocho, quero fazer-te uma pergunta - sussurrou, esticando o corpo para cima.
- O que és tu? Onde estás? - quis saber o mocho.
- Sou um caracol e estou ao pé do tronco - respondeu. (...)
- Qual é a tua pergunta? - inquiriu o mocho.
- Quero saber porque sou tão lento - segredou o caracol.
(...)
- És lento porque carregas um grande peso - revelou-lhe o mocho.
O caracol não achou aquela resposta convincente: nunca julgara que a sua concha fosse pesada, carregá-la não lhe causava fadiga e jamais ouvira um caracol a queixar-se do peso. De modo que o disse ao mocho e esperou que este acabasse de rodar a cabeça em volta do pescoço.
- (...) Tu és um jovem caracol e tudo o que viste, tudo o que provaste, as coisas amargas e doces, a chuva e o sol, o frio e a noite, tudo isso vai contigo, pesa, e, como és tão pequeno, esse peso torna-te lento.
- E de que serve ser tão lento? - sussurou o caracol?
- Não tenho resposta para isso. Tu próprio terás de encontrá-la - disse-lhe o mocho."


As ilustrações do livro - que pode ser requisitado na Biblioteca - são da autoria do português Paulo Galindro.








VAIS GOSTAR TAMBÉM DE:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger..."