23 outubro 2019

A CASA DO MEU AVÔ ERA ENORME

. . . e no quintal, cheio de cerejeiras, fartei-me de brincar com os meus irmãos. Um verdadeiro parque de aventuras. Habitavam-no  muitos  bichos, como é normal acontecer num quintal. Uns mais simpáticos, como  gatos, galinhas, pombas e pardais que tinham o dom de tornar as cerejas ainda mais doces, e outros mais antipáticos,  como aranhas gordas e amarelas, minhocas meio nojentas e  bonitos escaravelhos às riscas, mas maus porque faziam mal às batatas.
Lembro-me dos pêssegos e das paisagens que a minha mãe ainda hoje pinta. Lembro-me da paixão pela música do meu pai. E da do meu avô que tinha a forma de uma banda. Encostado ao balcão da loja de solas e cabedais de que recordo ainda hoje aquele cheiro característico, copiava músicas dias a fio, com esferográficas Bic, azuis e vermelhas, para bandas inteiras. Já tarde percebi de que forma perdurável todas essas e outras emoções me tinham marcado.

 Palavras do artista plástico e ilustrador 
João Vaz de Carvalho
Auto retrato do artista


Nasceu no Fundão em 1958. É em Coimbra no início da década de oitenta do século passado que começa a trabalhar em desenho, pintura e cerâmica na oficina de mestre Vasco Berardo.
Na qualidade de ilustrador, colabora com a maioria dos títulos da imprensa nacional de referência e ilustra livros para os mais novos, tanto em Portugal como no estrangeiro.
Destacam-se alguns prémios tais como: 1º Prémio Ilustrarte 2005, Bienal Internacional de Ilustração - Diplomas dos Prémios Visual 2008, Espanha - 45rd The Golden Pen of Belgrade Award 2009, Sérvia - 1º Prémio da Crítica do Calendario Duemila 2011, Cremona, Itália - 1º Prémio de Caricatura World Press Cartoon 2011, Sintra - Award of Excellence of Communication Arts 2012, EUA - Dois Prémios pela Creative Quarterly 2012, EUA.



Na Sala Infantil da Biblioteca encontras livros com ilustrações de
João Vaz de Carvalho,
entre eles

28 Histórias para rir
e














18 outubro 2019

NESTA AVENTURA VAMOS FALAR AOS PEDAÇOS...

aos pedaços de nós que já cresceram,
 aos pedaços de nós que ainda estão a crescer." 
                                                                                                      Pedro Almendra


Em 2013 estreou no Teatro do Campo Alegre, no Porto a peça de teatro "Amor aos pedaços", que envolto em brincadeira, abordava conceitos relacionados com a educação sexual, o crescimento, as diferenças e os afetos dos mais jovens.

Amor aos pedaços, surgiu de um desafio lançado pelo Serviço Educativo do Teatro do Campo Alegre, promovido pela Fundação Ciência e Desenvolvimento através da Câmara Municipal do Porto, à escritora Ana Luísa Amaral e ao encenador Pedro Almendra.

Gilberto Oliveira e Margarida Gonçalves na peça de teatro, Amor aos pedaços

Depois, com o texto original da escritora, surgiu o livro, Como tu, que toca áreas que vão desde a educação sexual até à educação cívica e ambiental.
Um livro com poemas e música que falam do amor e das diferenças, da infância e do crescimento, dos sentires, das transformações e da alegria, da responsabilidade e do respeito, da vida comum a todos os seres vivos, dos espaços que vamos aprendendo a habitar. Porque cuidar quer dizer proteger, guardar, unir.
E porque há tanto de gente como há tanto de mundo.



Aos pedaços, o amor?
Mas como pode ser?
Como pode partir-se em bocados o amor?
O amor é como um copo
feito de cambraia,
quando se atira ao chão...
O amor é uma travessa
tecida em algodão,
que mal caia no chão...
O amor é como o mar
em sal e ondas.
Quando caem na areia...
(...)
E assim vivemos nós.
como eu e tu.
Sozinhos, mas também acompanhados,
iguais,
e tão diferentes.


Ilustração Elsa Navarro

Domingo, dia 20, pelas 18h00, tens oportunidade de assistir à Grande Recriação Histórica "Os STEPHENS na MARINHA GRANDE - Abertura da Real Fábrica de Vidros (1769)”, que é apresentada em frente ao Museu do Vidro, no âmbito das comemorações dos 250 anos da chegada de Guilherme Stephens à Marinha Grande.
O espetáculo estava agendado inicialmente para sábado, mas devido às condições climatéricas adversas para o dia, foi adiado para domingo.


 



 

11 outubro 2019

ALTO!!

Que o burro deu um salto



 Vai para a festarola que os ratos organizam, porque
Quando os gatos saem, os ratos fazem a festa.

Pelo caminho encontra a galinha ruiva a debicar sementes,
Grão a grão, enche a galinha o papo.

Passa por um cão furioso, a ladrar, mas não fica assustado,
Cão que ladra, não morde


Mais à frente viu um ninho de  pássaros que cantavam
Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.



Ilustração Erika LeBarre
O burro chegou a casa dos ratos, sem pensar duas vezes,
A pensar morreu um burro.

E tu??
Sabes o que são as frases sublinhadas?

Correto, são provérbios.

Os provérbios são frases curtas, de origem popular, que passam de geração em geração. São fáceis de decorar e transmitir em função do seu formato simples, curto e direto.
É muito comum ouvirmos provérbios em situações do quotidiano.
Falam sobre diversos assuntos e fazem parte da cultura popular da humanidade.



Deixamos-te este livro como sugestão de leitura, onde para além duma história engraçada, encontras muitos outros provérbios.
Escrito por Helena Kraljic e ilustrado por Adriano Janezic, o livro é recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 2.º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada.


Sem leitura 
não há doce nem travessura.




04 outubro 2019

O PRINCIPEZINHO PELO GRUPO DE TEATRO O NARIZ

Inserido no 24º ACASO -  Festival Internacional de Teatro, 
a Biblioteca Municipal recebeu o 
GRUPO DE TEATRO "O NARIZ", 
com a peça 
O PRINCIPEZINHO
uma adaptação do livro homónimo de Antoine de Saint-Exupéry, destinada aos alunos dos 3º e 4º anos do Ensino Básico.

Adaptação e encenação
Pedro Oliveira 

Marionetas e fantoches

Pedro Oliveira

Pintura de marionetas e fantoches
João dos Santos
Interpretação e manipulação
Pedro Oliveira e Roberto Domingues







"... um aviador, perdido no deserto, encontra um rapazinho que vem de um distante asteroide, onde vive sozinho com uma única rosa. Trata-se, antes de mais, do encontro de duas solidões, correspondentes ao desdobramento da personalidade do autor: o adulto Exupéry (aquele que um ano depois, desapareceria, quando pilotava o seu avião sobre o Mediterrâneo) e o rapaz que ele foi, a criatura natural, ainda não corrompida pelo mundo, logo, mais próxima do ser e da sua essência." Álvaro Magalhães





O teatro aconteceu hoje, 
mas o livro encontra-se à tua disposição todos os dias, 
na Sala Infantil da Biblioteca Municipal.









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