Para a grande maioria das crianças o mar representa um grande fascínio, principalmente no verão, sinónimo de grandes brincadeiras em família e mergulhos salgados.
Mas, para muitas outras crianças que fogem da guerra nos seus países, o mar simboliza a esperança de encontrar um novo lar, onde possam viver em paz, como merecem, mas também muitos perigos e grande sacrifício.
Ilustração Iker Ayestaran
Com certeza que já ouviste falar nos refugiados, que cruzam o mar em pequenas embarcações, até chegarem a um destino que os acolha.
O livro de Khaled Hosseini, Uma prece ao mar, fala-nos desse tema tão dramático e sensível, infelizmente tão atual.
Numa praia iluminada pelo luar, um homem embala no colo o filho que dorme. Juntos esperam pelo amanhecer e pela chegada de uma embarcação. O pai narra ao filho as memórias dos longos verões da sua infância, recordando a casa da quinta do avô, na Síria, o sussurro dos ramos das oliveiras agitados pela brisa, o ruído dos tachos da avó, o balido da cabra que tinham na quinta.
Quando o sol nascer, pai, filho e as outras pessoas que estão naquela praia pegarão nos seus pertences para embarcarem numa viagem perigosa, através do mar em busca de um novo abrigo.
Olho para o teu perfil, meu filho, à luz desta lua minguante, as tuas pestanas, lembrando linhas de caligrafia, cerradas num sono cândido.
Eu digo-te:
"Toma a minha mão. Nada de mal acontecerá."
Ilustração Dan Williams
O jornal inglês “The Guardian”,em colaboração com a ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados - converteu o livro na primeira animação narrativa de realidade virtual.
É narrado em inglês, mas podes requisitar o livro, aqui na Biblioteca, para leres em família, de forma a conheceres e compreenderes a vida destas crianças, tão diferente da tua.
A curta-metragem de animação, Umbrella, aborda o mesmo assunto, ora vê.
Declaração Universal dos Direitos da Criança
Princípio 8º:
A criança deve, em todas as circunstâncias, ser das primeiras a beneficiar de proteção e
socorro.
A algumas falta-lhes um bocado de sal e a outras sobra-lhes pimenta.
Ilustração Riccardo Guasco
Por vezes zangamo-nos com a nossa, porque os pais são aborrecidos, estão constantemente a dizer-nos o que fazer e principalmente o que não devemos fazer; porque os irmãos implicam connosco; as tias lambuzam-nos com beijos; os avós estão sempre a oferecer-nos comida, como se passássemos fome.
Se acham que a vossa família é um pouco destrambelhada,
venham conhecer
as doze retratadas neste livro.
"A família Guardanapo estava nas lonas. Não tinha nem um chavo. Quando chegava o dia dezoito de cada mês, sabiam que só podiam almoçar uma sanduíche de mortadela dividida entre os quatro e jantar uma gota de limão para enganar a fome.
A mãe da família Pensanisso tinha ideias fixas. Não gostava da forma como funcionavam as escolas. Quando a filha, Adelaide, fez seis anos, todos os filhos dos vizinhos já iam à escola. Adelaide não e perguntava à mãe: Mamã, porque é que vão todos para a escola e eu não?
A família Colorette está cheia de dinheiro. A mãe, Cristina Alexandra, só pensa em comprar camisolas vermelhas mas, como não gosta de saldos, espera que estes terminem para comprá-las mais caras.
A família Rulemanes tomou uma decisão. Nunca mais vai usar transportes a gasolina. Acabaram-se as motas, os carros, os aviões. Comboios, só se forem a vapor (que já quase não há), e barcos, só a remo ou à vela (que felizmente ainda há).
Como vão então deslocar-se de um sítio para outro?"
Num cenário marcado pela continuação dos efeitos da pandemia, estes são os números que refletem a atividade da Biblioteca Municipal no 1.º semestre de 2021. Não podemos esquecer, que foram meses de funcionamento restritivo, com períodos sem atendimento presencial, apenas com o serviço de empréstimo e devolução, feitos em regime de "take away" à porta, mediante agendamento prévio, por telefone ou on-line.
Estabelecendo um paralelismo com o período homólogo de 2020, vamos apresentar a seguir os números apurados neste 1.º semestre de 2021. Recorde-se, que o período de janeiro a 16 de março de 2020 é um período ainda sem influência da pandemia Covid-19. Porém, o mês de abril de 2020 é um mês de confinamento total da atividade da Biblioteca Municipal.
A bruxa Mimi e o Rogério vão à praia e nós vamos a mais uma HISTÓRIAS À 5.ª
As HISTÓRIAS À 5.ª também vão estar de férias. Marcamos encontro no próximo ano letivo, com mais histórias, de preferência na Biblioteca Municipal, todos juntos.