23 outubro 2020

ESCREVER NAS NUVENS

Já pensaste que através de um livro podes construir uma história diferente, com as mesmas palavras do autor?

Vamos exemplificar com o livro, A nuvem cor-de-rosa, composto por nove pequenos contos, todos eles envoltos numa espécie de brilho cor-de-rosa, que o título, sendo de um desses contos, parece emprestar a toda a obra.

Foi escrito por Arsénio Mota


  ilustrado por  Júlio Resende.

"O Poeta vivia no centro do mundo, onde sopram ventos cruzados nas quatro direcções cardeais. E os ventos empurravam os balões da sua pele em todas as direcções, até ao mais remoto canto da Terra e do céu, onde uma fada cose farrapos de nuvens brancas que andam pelo espaço azul. Dentro dessas nuvens tudo era possível!

O Poeta tem uma pomba viva dentro de um livro que guarda na estante e quem o sabe? A pomba traga nas suas brancas asas a luz da aurora que espalha pelas aldeias e leve no bico grãos de trigo que enterra num bocadinho de chão lavrado na Terra dos Gigantes e de seguida em voo alto a fugir à chuva, uma gota lhe molhe a ponta do bico. Talvez, no dia seguinte, a pomba venha poisar no telhado de sua casa.

O Poeta sabendo que uma doença tinha atacado sem licença, um mandarim na China, mandou um coro cantar-lhe em verso o desgosto."

Desta forma, criámos uma pequena história, pegando numa parte de cada um dos contos.

Ilustração Daphne P. Sarros

Mestre Júlio Resende nasceu no Porto em 23 de outubro de 1917. Diplomou-se em Pintura em 1945 pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Fez a sua primeira aparição pública em 1944 na I Exposição dos Independentes.

Faleceu a 21 de setembro de 2011.



    Devido à sua vasta obra, foi agraciado com vários prémios, entre os quais:

  • 2º Prémio de Pintura da Fundação Calouste Gulbenkian;
  • Prémio "Columbano" da Câmara Municipal de Almada;
  • Prémio Nacional de Pintura da Academia de Belas Artes;
  • Prémio Armando de Basto;
  • Prémio Amadeo de Souza-Cardoso;
  • Medalha de prata na Exposição Internacional de Bruxelas;
  • 1.º Prémio de Artes Gráficas na X Bienal de S. Paulo e Ordem de Mérito Civil do Rei de Espanha.
A Fundação Júlio Resende, situada em Valbom, Gondomar, conta com um vasto espólio que reúne mais de dois mil desenhos que o artista legou.


 


16 outubro 2020

VAMOS CELEBRAR AS BIBLIOTECAS ESCOLARES

Neste mês de outubro, celebremos as bibliotecas escolares, convidando todos a comemorar a ligação entre os livros, a leitura, as bibliotecas e a saúde e o bem-estar.

Estimular nas crianças o hábito e o prazer de ler, aprender e usar bibliotecas durante toda a vida, é um dos grandes objetivos das bibliotecas escolares.



Nestes dias de incerteza, as bibliotecas escolares devem ser um espaço de reconforto e segurança e os seus livros companheiros inigualáveis! Que nestes dias, a leitura seja um remédio, uma atividade terapêutica, que traga a serenidade e o alento tão necessários.
 
A biblioteca escolar destaca-se nestes dias como um espaço físico e digital aberto, onde todos são bem-vindos, desejavelmente em segurança.

Uma saudação especial aos professores bibliotecários, coordenadores, docentes e a todos que, diariamente, constroem leitores nas bibliotecas escolares e, particularmente, para vocês, sem os quais estas bibliotecas não fariam sentido.

Biblioteca Escola EB1 Prof. Francisco Veríssimo - Ordem - Marinha Grande



“Em Portugal temos das melhores 
bibliotecas escolares do mundo.”
Teresa Calçada, 
Comissária do Plano Nacional de Leitura


Ilustração Mark Meyers








07 outubro 2020

A BELA MOURA DE LEIRIA

Testemunhos da memória coletiva dos povos e importantes referências a nível arquitetónico, histórico, cultural e simbólico de um país, os castelos fazem, também, parte do imaginário infantil, palco de aventuras e brincadeiras.

Portugal, com centenas de castelos e fortes assinala hoje, dia 7, o 

Dia Nacional dos Castelos.


Perto de nós, o Castelo de Leiria, guarda a magia de tempos remotos, onde se cruzavam belas donzelas, reis e rainhas, cavaleiros, soldados, homens e mulheres humildes, que deram origem a muitas lendas, entre as quais a da princesa moura Zarah.



O livro escrito por Orlando Cardoso, profundo conhecedor da história da região de Leiria, conta a  história passada em tempos muito distantes em que o rei D. Afonso Henriques conquistava cidades e vilas, que se encontravam na posse dos mouros, tendo chegado às proximidades da cidade do Lis, que acabou por conquistar, também. 

Aqui, ordenou a construção de um castelo que entregou à guarda dos seus guerreiros, partindo para a conquista de novas terras, construindo, desta forma, um Portugal maior.

Os mouros tendo sabido que o castelo se encontraria com algumas falhas de segurança, regressaram e, através de uma renhida luta, venceram os poucos guardas tomando-o de assalto. Nessa altura, passou a ser guardião do castelo um velho mouro que vivia com a sua filha, chamada Zarah, que era uma linda moura  de olhos cor de esmeralda.

É Zarah, quem conta a história do castelo e da cidade, onde atravessam os séculos os poetas Francisco Rodrigues Lobo e Afonso Lopes Vieira e o escritor Eça de Queirós.


Ilustração Rui Pedro Lourenço

"Foi então que ouvi o sinal, o repique festeiro dos sinos de todas as torres de Leiria, de S. Gabriel a S. Miguel, de Santo António do Carrascal a S. Francisco, de Santo Estêvão a S. Pedro. A boa-nova propagou-se como fogo queimando palha ressequida. Soube, por esses dias, que Leiria era cidade e que um bispo já vinha a caminho (...)

Saudade não é, como muitos dizem, palavra cristã. Ela existe, e dói, no fundo do meu coração. Meu avô, o poeta al-Mutamid, disse um dia a minha mãe: «Solta a alegria! Que fique desatada! Esquece a ânsia que rói o coração.»"

Outras lendas relacionadas com o castelo de Leiria, referem que sob o castelo existe um vulcão adormecido, responsável pelo aquecimento da água da fonte quente e que existe uma passagem secreta subterrânea que permite a comunicação do castelo, com uma igreja do lado oposto da cidade.


Zarah, espera por ti, aqui na Biblioteca Municipal, para juntos celebrarem o 

Dia Nacional dos Castelos




02 outubro 2020

QUANDO OLHAS PARA O MUNDO O QUE VÊS?

 Tudo quanto nos rodeia e que faz parte do nosso quotidiano, que sempre conhecemos, do mais simples objeto ou produto, ao mais complexo problema, tem uma história, muitas vezes, engraçada e fascinante.

Provavelmente já questionaste os teus pais acerca de algumas, outras são tão extraordinárias e estranhas que nem pensamos nelas

Mas, há pessoas que estudam e pesquisam para que todos possamos ter acesso a mais conhecimento e informação.

É o caso de Simon Eliot o autor deste livro, que podes requisitar aqui na Biblioteca.



⛰Já deves ter observado uma teia de aranha, mas sabias que as aranhas fazem uma teia todas as manhãs e destroem-na durante a noite?

⛰A primeira pasta de dentes foi feita com casca de árvore em pó e aromatizante. Por volta do ano 3000 a. C., os egípcios faziam pasta com cinza em pó. Os dentífricos modernos começaram a ser desenvolvidos no século XIX, época em que os seus inventores lhes juntaram outros compostos, como sabão e giz. O flúor e o cálcio só foram adicionados às pastas nas décadas de 60 e 80 do século XX.  Quanto às primeiras escovas de dentes eram feitas de pelos retirados do pescoço dos porcos. 




⛰A sanita mais antiga do mundo foi encontrada em Mohenjo Daro, no Noroeste da Índia. Tem mais de 4000 anos e os seus canos iam dar à rua.
Em 315 d. C., na Roma Antiga, havia 144 casas de banho públicas. Eram locais sociais muito populares e muitas vezes decorados com mosaicos e fontes. Os romanos gostavam tanto das suas casas de banho que até tinham um deus da sanita, Crépito.

A palavra portuguesa mais comprida é         pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose

pneu.mo.ul.tra.mi.cros.co.pi.cos.si.li.co.vul.ca.no.co.ni.o.se 

e designa uma doença pulmonar causada pela 
inalação de cinza vulcânica.

⛰O primeiro manual escolar que foi descoberto remonta ao ano 3500 a. C. e provém da cidade suméria de Ereque. É composto por várias centenas de tábuas de barro e contém listas de palavras para serem estudadas e memorizadas.


Podes encontrar muitas outras 
curiosidades no livro 
Tudo o que precisas de saber acerca do mundo

Não sejas "cu de chumbo



LÊ. A LEITURA DÁ-TE ASAS 






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