27 outubro 2021

A LUA PARA NEREIDA

Caricatura de Vargas Llosa por
 Luis Grañena

Mario Vargas Llosa, escritor, político, jornalista, ensaísta e professor universitário, nasceu no Peru em 1936. Considerado um dos romancistas e ensaístas mais importantes da América Latina e um dos principais escritores da sua geração. 
Em 2010 ganhou o Prémio Nobel da Literatura.   

Hoje, damos-te a conhecer o primeiro livro infantil que escreveu, 
editado este ano pela Presença.



Conta a história de Fonchito, um menino que está a descobrir como bate o coração com o primeiro amor, que vai mostrar-te que não há impossíveis quando gostas muito de alguém. Mesmo que essa pessoa te peça… a Lua.

"Fonchito morria de vontade de beijar o rosto de Nereida, a menina mais bonita da turma (...)
Um dia, durante o recreio, atreveu-se a sentar-se ao lado dela, enquanto os colegas jogavam à bola. Sem que eles ouvissem, perguntou-lhe:
- Gostava tanto de te dar um beijo... Posso?
Nereida corou ligeiramente, olhou para ele, muito séria, e então respondeu:
- Podes, se fores buscar a Lua para me dar. 
Fonchito ficou triste e desanimado. Nereida nunca deixaria que ele a beijasse. Não era isso que aquela resposta queria dizer?"

Será que Fonchito levou Nereida até à Lua?!



Só há uma forma de descobrir... 
Ler o livro que podes requisitar aqui na Biblioteca Municipal.

Ilustração de Lucy Fleming


"Quando criança, fui um leitor voraz. Descobri de imediato que a literatura podia fazer uma pessoa viver grandes aventuras. Essas leituras abriram-me o apetite e isso nunca parou."

Mario Vargas Llosa











22 outubro 2021

UMA ESPÉCIE INVASORA

Temos a sorte de viver numa zona ao lado da praia, onde passamos muito tempo, não apenas a dar mergulhos e apanhar banhos de sol, mas também em longas caminhadas, a explorar poças de maré e até procurando fósseis.

Foi desta forma que a bióloga Ana Pêgo, passou a infância, na Praia das Avencas, Cascais. À medida que foi crescendo, o interesse e a curiosidade pelo mar nunca a abandonaram. Estudou Biologia Marinha e Pescas na Universidade do Algarve e, após terminar o curso, trabalhou alguns anos em investigação, sempre ligada aos oceanos.

Nos últimos anos tem-se dedicado sobretudo a projetos de educação ambiental, sensibilizando as pessoas para a conservação dos oceanos, nomeadamente para o problema dos resíduos de plástico. Foi neste contexto que criou o projeto Plasticus maritimus, que é também uma página do facebook, onde vai dando conta das suas descobertas.

O projeto deu também origem a um livro com o mesmo nome, que escreveu juntamente com a autora Isabel Minhós Martins, com ilustrações de Bernardo P. Carvalho.

A edição francesa do livro “Plasticus maritimus, uma espécie invasora”, foi selecionado pelo Felipé — o Festival du Livre et de la Presse d’Écologie que se realiza anualmente na cidade de Paris. Este festival procura chamar a atenção para os problemas ambientais, destacando e premiando em cada edição um conjunto de livros publicados dentro desta área temática (ambiente, natureza, ecologia). Depois de feita uma seleção por um painel de jurados, a escolha final do vencedor caberá a um painel de crianças.


Em janeiro de 2017, um navio dinamarquês, que fazia o transporte de contentores entre a China e a Alemanha, foi atingido pela tempestade Axel, deixando cair ao mar cinco dos seus contentores. Num deles viajavam milhares de ovos Kinder Surpresa, contendo no interior um brinquedo de plástico e uma pequena folha de instruções de montagem.
Os ovos surpreenderam os habitantes da pequena ilha de Langeoog, na costa nordeste da Alemanha; mas se apanhar centenas de ovos na praia revelou ser um programa divertido para as crianças, aos poucos, os habitantes e autoridades locais aperceberam-se de que o cenário colorido não tinha afinal tanta graça...
Um estudo concluiu que, todos os anos, cerca de 8 milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos (quase tudo embalagens). Isto equivale a serem despejadas no mar, a cada hora que passa, cerca de mil toneladas de plástico. A cada minuto, um camião de plástico. Sem pausas. 
As estimativas mais recentes indicam ainda que: com o crescimento das populações e com o aumento do consumo de plástico, este número irá duplicar até 2025. É assim que chegamos à triste conclusão: em 2050, haverá no mar mais plástico do que peixe.

Ilustração do livro


Requisita o livro onde tens muita informação acerca do assunto, incluindo um guia para preparar idas à praia, como faz a Ana Pêgo.

Motiva-te para a mudança.






15 outubro 2021

UMA MÃO CHEIA...

É um livro escrito por Pedro Seromenho, que também o ilustrou, juntamente, com Mia Flor Rocha, onde se escondem surpresas, mistérios e segredos, na mão pequenina de uma criança, Mia. 

Na palma da sua mão cabe um universo de imaginação, quando a abre, nascem flores, insetos, sonhos e gargalhadas.



"- Filha, o que tens na mão?!
- É um pedaço de algodão! Serve para limpar uma ferida no joelho, quando me magoo no recreio. Outras vezes atiro-o ao ar e torna-se uma nuvem da minha imaginação.
(...)
- Mia, sabes que não podes levar brinquedos para a escola! O que tens aí na mão?!
- Tenho um coração, mas é de brincar! Fi-lo com pasta de papel, fios, arame e paus! Quando o tenho comigo, sinto-me mais protegida, pois afasta os sentimentos maus!
- Vá, então guarda-o na mochila, mas tem cuidado. Nunca deixes que fique apertado."


Pedro Seromenho nasceu em 1975 na República do Zimbabué. Com apenas dois anos de idade fixou-se em Tavira e mais tarde em Braga, onde
atualmente reside. Embora formado em economia, Pedro Seromenho não encontrou a paixão que procurava nos números e, depois de ser cronista em diversos sites, revistas e jornais, decidiu dedicar o seu tempo inteiramente a ilustrar e a escrever livros infantis. Desde 2010 que faz parte do júri do Prémio Matilde Rosa Araújo e em 2011 fundou a editora Paleta de Letras.
Dois dos seus livros fazem parte do PNL – Plano Nacional de Leitura.
"No dia em que descobri este novo imaginário, redescobri-me por completo. Não fazia ideia do enorme prazer que é comunicar com o público jovem. De facto, são eles que me exigem uma escrita mais criativa e também sensorial. E o resto é fácil. É sonhar."»

Ilustração do autor que podes imprimir e colorir 


Sabes que hoje, 15 de setembro,  celebra-se um dia curioso e muito importante, relacionado com as mãos? 

É o

 Dia Mundial da Lavagem das Mãos

A data surgiu como meio de combater a mortalidade infantil. O pequeno gesto de lavar as mãos, reduz a taxa de mortalidade infantil, causada por diarreias e infeções respiratórias, que matam anualmente mais de 3,5 milhões de crianças com menos de 5 anos.







04 outubro 2021

JORNAIS E REVISTAS VOLTAM À BIBLIOTECA



Já foi retomada a leitura presencial 
de jornais e revistas na Biblioteca Municipal.

As medidas restritivas decorrentes da pandemia levaram à suspensão temporária de algumas das valências disponibilizadas pela Biblioteca Municipal. Uma dessas valências foi a possibilidade da leitura, diária e presencial, de títulos da imprensa escrita, nacional e regional, dado que implicava o manuseamento diário de jornais e revistas por repetidas pessoas. 
Acompanhando a evolução das orientações da DGS, no sentido de alívio progressivo das restrições no funcionamento dos serviços públicos, também a Biblioteca Municipal tem vindo a retomar, gradualmente, algumas das valências, que estavam temporariamente suspensas. 

Assim, desde 6.ª feira, dia 1 de outubro, já é possível retomar a leitura diária, presencial e gratuita, dos seguintes títulos:
  • Jornal de Notícias
  • Correio da Manhã
  • Público
  • Jornal i
  • A bola
  • Diário de Leiria
  • Jornal de Leiria
  • Região de Leiria
  • Jornal da Marinha Grande
  • Expresso
  • Visão
  • Sábado

Apesar de já não se verificar a obrigatoriedade do uso de máscara no interior da Biblioteca, continuamos a recomendar o uso de álcool-gel, antes do manuseamento de livros, jornais e revistas, e o devido distanciamento físico, no uso das instalações e ocupação dos lugares sentados disponíveis para leitura e/ou trabalho. 

Volte. Leia. Converse. Comunique.
Vamos retomar a normalidade.
Estamos à sua espera, 
ainda no Edifício da Resinagem.







01 outubro 2021

DIA INTERNACIONAL DA MÚSICA

Em 1975, o International Music Council, instituição fundada pela UNESCO e que agrega vários organismos e individualidades do mundo da música, decidiu instituir o Dia Internacional da Música a 1 de outubro, com os objetivos de promover a arte musical em todos os setores da sociedade e aplicar os ideais da UNESCO, como a paz e amizade entre as pessoas, a evolução das culturas e troca de experiências.

Ilustração de Del Carmen Diaz Yueng

Considerada a arte mais antiga e a mais primitiva de todas, a história da música remonta aos tempos da pré-história. Ainda antes do Homem começar a fazer instrumentos, é provável que fizesse música através duma mistura de gritos, de bater com os pés, de bater palmas e de bater com objetos.

O Carnaval dos Animais foi composta por Camille Saint-Saëns,

Caricatura de Camille Saint-Saëns por Cristina Lopez

para a Terça-feira de Carnaval de Paris de 1886. Nascido em Paris em 1835, aos onze anos já se destacava dando o seu primeiro concerto de piano. Abordou todos os géneros musicais, tanto profanos como religiosos. Grande fantasia zoológica, O Carnaval dos Animais, é uma humorística composição musical em que o compositor, em jeito de paródia, toma de «empréstimo» fragmentos musicais de outros compositores e coloca-os num contexto diferente do original. A obra é composta por catorze peças breves, treze das quais são dedicadas a diversos animais.


Saint-Saëns nunca quis que esta Fantasia Zoológica chegasse ao conhecimento do público em geral, pois para ele tratava-se simplesmente de uma brincadeira musical, porém, tornou-se a sua obra mais popular e conhecida no mundo inteiro, sendo Sansão e Dalila, a sua obra mais emblemática, interpretada em todos os palcos do mundo.

O espanhol José Antonio Abad Varela, psicólogo e pedagogo, que escreve «contos com música» para crianças e jovens, construiu um texto inspirado n´O Carnaval dos Animais, cuja leitura pode ser acompanhada pela audição de uma seleção das melhores interpretações orquestrais da obra, acessíveis no livro através de códigos QR.


A sua narrativa, que recria o ambiente solene da celebração do aniversário do rei da selva, o Leão, e descreve a chegada dos convidados, num panorama de biodiversidade, onde não faltam elementos fantásticos, é ainda complementada pelas figuras caricaturescas do ilustrador João Vaz de Carvalho que reforçam o espírito lúdico da obra.

 

Bom fim de semana



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