27 janeiro 2023

HÁ ARANHAS NA BIBLIOTECA

Esta semana  recebemos a visita de 125 crianças do pré escolar, que levaram na memória mais uma história de encantar e deixaram energia, tão necessária,
 principalmente, nestes dias frios.


"A aranha muito ocupada" de Eric Carle, editado pela Kalandraka, foi o livro escolhido para ser trabalhado e apresentado às crianças, o que representa sempre um desafio para a equipa da Biblioteca Municipal, que pretende atrair este público para a leitura infantil em contexto diferente daquele a que está familiarizado.



Depois de ouvida a história na Sala Infantil, 
seguiu-se o tão desejado contacto com os livros destinados à sua faixa etária.







16 janeiro 2023

CONTAMOS TODOS

 De ano para ano, a atividade da Biblioteca Municipal - Hora do Conto - continua atual, mágica, divertida, ternurenta, a despertar interesse e curiosidade das crianças, que tornam essa hora ainda mais especial.

São muitas as histórias partilhadas, as leituras encenadas, que encantam quem as ouve e quem as conta. É uma aprendizagem mútua, que nos deixa orgulhosos e de coração cheio. 

A semana passada recebemos as crianças, educadoras e funcionárias do Jardim de Infância das Trutas, que percorreram os vários espaços da Biblioteca, numa visita guiada, acompanhadas pela bibliotecária, Rosa Vaz.


A visita termina na Sala Infantil, palco de todas as histórias, onde se dá o reencontro com as crianças e as personagens que saltam dos livros para grande entusiasmo destes pequenos leitores.



Até breve


Ilustração Amariah Rauscher


 A literatura para a infância é um excelente recurso para que as emoções possam surgir como personagens principais na vida das crianças, fomentando o seu bem-estar e motivação.





11 janeiro 2023

OS NÚMEROS DE 2022

Como é habitual, vamos divulgar os números que resultam da atividade desenvolvida pela Biblioteca Municipal ao longo de 2022, tentando sempre estabelecer a comparação com os dados de anos anteriores. 
Como enquadramento, convém recordar que o início de 2022 foram meses conturbados na atividade da Biblioteca, marcados ainda por algumas restrições decorrentes do contexto pandémico e pelo processo de transferência das instalações provisórias para o nosso edifício sede, que obrigaram ao encerramento dos serviços entre o final do mês de março até ao dia 23 de abril, com reflexos inevitáveis na própria dinâmica da Biblioteca. Apesar destes constrangimentos, o número de livros emprestados ao longo do ano acabou por superar o dos anos anteriores, recuperando os níveis dos anos anteriores à pandemia covid-19.

O trabalho que a Biblioteca Municipal tem vindo a desenvolver ao longo dos anos, no sentido de ser um serviço público com impacto na comunidade, procurando ir ao encontro das necessidades manifestadas pelos utilizadores, de ser uma referência local no acesso gratuito à informação, promovendo o seu uso regular e presencial, tentando elevar os níveis de literacia, consciencializando para a importância da leitura na formação dos mais jovens, esta trajetória, apesar de ter sido interrompida nos anos mais atingidos pelas restrições impostas pela covid-19, já apresenta uma franca recuperação.

Também ao nível das inscrições de novos leitores é notória a recuperação face a anos pré-covid, sendo reflexo do regresso dos serviços ao edifício sede, com a possibilidade de termos todo o acervo bibliográfico disponível para consulta e empréstimo, a manutenção da gratuitidade dos serviços prestados e a retoma das atividades educativas em grupo, sem restrições, são fatores que motivam a comunidade local  a utilizarem os recursos da Biblioteca Municipal. Um dos fatores com forte impacto no aumento do número de novas inscrições está relacionado com o aumento da população imigrante, que escolheu a Marinha Grande para residir e trabalhar, em especial, a de língua portuguesa, que veem na Biblioteca um espaço que os acolhe sem qualquer tipo de limitações ou constrangimentos.





Registamos a continuidade da tendência de anos anteriores, que revelam que o género feminino requisita muito mais livros do que o género masculino, sendo a diferença bastante significativa, dado que 74% dos livros emprestados, ao longo de 2022, foram a leitores do género feminino e o género masculino representa apenas 26% do universo de leitores que requisitaram livros.




Outro dado que extraímos dos números de 2022, e que é uma tendência que se mantem já há alguns anos, é a reduzida percentagem de leitores que requisitam livros na faixa etária entre os 13 e os 17 anos. A faixa etária até aos 12 anos também não é muito elevada, mas aqui convém referir, que muitos dos livros destinados a esta faixa etária são requisitados pelos pais ou encarregados de educação, acabando por ser contabilizados pelo sistema informático como empréstimos na faixa acima dos 18 anos. 



Os livros mais requisitados em 2022





























06 janeiro 2023

UM LIVRO, UM HINO

 Todos os meses na Sala Infantil vai estar em destaque,

O Livro do Mês

Janeiro trás consigo, no 1.º dia, o Dia Mundial da Paz. Com um novo ano a despertar, é urgente a união entre todos, para que o mundo em que vivemos se torne mais justo, fraterno, harmonioso, pacífico e inclusivo. 

Assim, a nossa escolha para O Livro do Mês de janeiro recai num livro que apela a essa mudança, tão necessária, de uma forma inspiradora, juntando crianças e música. 


Com texto da jovem poeta e ativista norte americana Amanda Gorman, ilustrado por Loren Long, editado pela Presença, o livro

"A Canção da mudança: o Hino das crianças",

 é um apelo triunfante a todas as pessoas, dos oito aos oitenta: usemos as nossas capacidades para construir a mudança. 

Tudo é possível quando as nossas vozes se juntam.



"Junto as diferenças e, de viva voz,

Mostro que somos iguais.

Sou um movimento estrondoso de magia.

Sou uma onda de mudança que canta e contagia"





03 janeiro 2023

EXPOSIÇÃO

Tens noventa anos. És velha, dolorida. Dizes-me que foste a mais bela rapariga do teu tempo — e eu acredito. Não sabes ler. Tens as mãos grossas e deformadas, os pés encortiçados. Carregaste à cabeça toneladas de res­tolho e lenha, albufeiras de água. Viste nascer o sol todos os dias. De todo o pão que amassaste se faria um ban­quete universal. Criaste pessoas e gado, meteste os bácoros na tua própria cama quando o frio ameaçava gelá-los. Contaste-me histórias de aparições e lobisomens, velhas questões de família, um crime de morte. Trave da tua casa, lume da tua lareira — sete vezes engravidaste, sete vezes deste à luz.(...)

Não sabes nada do mundo. Não entendes de política, nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com isto viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes ódios por motivos de que já perdeste lembrança, grandes dedicações que assen­tam em coisa nenhuma. Vives. (...)

José Saramago, 
excertos da crónica "Carta para Josefa, minha avó",
in, Deste Mundo e do Outro: Crónicas 



Até ao dia 31 de Janeiro irão estar expostos, no átrio da entrada da Biblioteca Municipal, um conjunto de trabalhos realizados pelos alunos dos 2.º e 3.º CEB dos Agrupamentos de Escolas da Marinha Grande, inspirados na crónica "Carta para Josefa, minha avó", extraída do livro "Deste Mundo e do Outro: Crónicas", da autoria de José Saramago. A iniciativa insere-se no âmbito das comemorações do Centenário do Nascimento de José Saramago, que se assinalou ao longo de 2022, e resultou do trabalho de parceria entre a Biblioteca Municipal e as Bibliotecas Escolares, através dos seus Professores Bibliotecários. 

Partindo da carta escrita por Saramago, dedicada à sua avó Josefa, e dado que os conteúdos programáticos da disciplina de Português contemplam a abordagem de várias tipologias textuais, sendo a "carta" uma delas, os alunos foram desafiados a escrever eles próprios uma carta, dedicada aos avós ou a alguém que seja muito especial para eles. Este desafio resultou em dezenas de cartas, na sua maioria dedicadas aos avós, onde os alunos puderam expressar sentimentos de afeto, carinho, admiração e ternura.






Até 31 de Janeiro, 
passa pela Biblioteca Municipal e partilha destas emoções, 
quem sabe se não vais encontrar uma carta que foi escrita por ti.




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