24 setembro 2021

PEQUENOS (E)LEITORES

Na floresta não se falava noutra coisa. O Leão tinha desviado toda a água do rio para construir uma piscina em frente à sua toca. Para os outros bichos, aquilo foi a gota d´água. Inconformados, começaram a questionar-se se o Leão deveria ser o rei da floresta. Decidiram ir até à piscina fazer uma manifestação. O Leão não quis saber. 

Mas os bichos já estavam a pensar noutras formas de escolher um novo líder.

- Sejamos uma Democracia! Vamos fazer uma eleição - Disse a coruja.

Numa eleição, aqueles que querem governar apresentam as suas ideias numa campanha. Depois, cada eleitor vota no candidato que preferir. Contam-se os votos e o mais votado é eleito Presidente. É quem vai governar até à próxima eleição. Ficou decidido, então, que haveria uma eleição na floresta.

Ilustração do livro


A Macaca, a Preguiça e a Cobra apresentaram-se como candidatos a presidente. O Leão, quando soube, não quis ficar de fora - alguns bichos reclamaram, mas as regras permitiam que ele também participasse.
Quando começaram as campanhas, os 4 candidatos tentaram convencer os eleitores a votar neles...


Eleição dos bichos, um livro editado pela Nuvem de Letras, é, segundo os seus autores "um convite para a reflexão e para o diálogo construtivo entre crianças e adultos." É também o "resultado de  um trabalho aberto e coletivo, criado a muitas mãos", porque foi feito a partir de cinco oficinas com crianças de escolas de São Paulo e Florianópolis, no Brasil, com idade entre quatro e onze anos, que assumiram o papel de bichos da floresta para dar vida a este livro.


Deves saber que, no próximo domingo, vão decorrer as eleições que se destinam a eleger os órgãos autárquicos: a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia e a Assembleia Municipal. 
O cabeça de lista do partido que vencer as eleições, será o Presidente da Câmara.
Por isso, junta-te aos bichos da selva nesta aventura para descobrires como se elegem os nossos representantes e como funciona isto da Democracia.

E, se para as eleições autárquicas ainda não podes votar, podes fazê-lo para a eleição dos bichos.
Requisita o livro e descobre como.






15 setembro 2021

ONDE VAMOS HOJE?

Fazer uma visita de estudo, percorrendo o circuito dos cereais, 
passando por um moinho, uma moagem até chegar à padaria da Ana.

Vamos lá, entrar no autocarro ordeiramente.

Ilustração Kayla Harren

Já se vê o moinho onde começa o ciclo do pão, 
transformando os cereais em farinha.


"À entrada, foram recebidos por um moleiro que lhes disse:
- Sejam bem vindos ao meu moinho! Aqui vão ver o que acontece aos cereais. Venham comigo..
- Uau! Esta coisa é redonda! - disse o Miguel depois de entrar no moinho. O moleiro riu-se.
- Viram lá fora umas velas muito grandes a andar à roda? (...)
- Sim! - gritaram em coro.
- Pois é, o vento empurra as velas e elas andam à roda o que faz com que este enorme eixo de madeira rode também e faça esta pedra girar.(...)
É aqui que começa o meu trabalho, pego nestas sacas de cereais e deito-os nesta abertura. Depois a pedra começa a girar sobre a outra que está por baixo e esmaga os cereais que estão lá dentro. Assim, estes transformam-se em farinha, que depois cai dentro das sacas que já estão preparadas. Quando já tenho algumas sacas cheias levo-as para a padaria, aqui ao lado.
- E na moagem também há pedras redondas? - indagou a Inês.
- Não, há máquinas, já vão ver na moagem, aqui perto."


Com este livro, ficam a conhecer todo o processo de fabrico do pão, alimento fundamental na nossa alimentação, sendo também possível fazer a vossa primeira visita de estudo, viajando através das páginas dum livro, o que, talvez, ainda não seja possível acontecer na realidade, devido à pandemia que vivemos.
Mas... ir até à padaria da Ana, já é permitido.

Ilustração Sandra Serra

"Está na hora de um lanchinho
não sei o que hei-de comer
vou mas é à padaria 
pão quentinho deve haver.
(...)
O pão é alimento bom
pois é rico em cereais
que fazem bem à saúde
aos meninos e seus pais.

O meu nome é João
que sempre rima com pão
mas em exagero não
como com moderação"







10 setembro 2021

HORA DO AEIOU

Para muitos de vocês, que vão para o 1º ciclo pela primeira vez, a próxima semana vai ser o começo de uma grande aventura. 

Ilustração João Vaz de Carvalho

Mas, atenção, é preciso paciência, porque ninguém aprende a ler nos primeiros dias. O ensino da leitura e da escrita, no início da escolaridade, é um processo formal, intimamente associado à aprendizagem das letras do alfabeto. Para além dos professores e dos pais que vos irão ajudar e acompanhar, também a aranha Antonieta se vai juntar a esta incrível caminhada.


"A aranha Antonieta vive na aldeia das Árvores Amarelas e tudo o que lá existe começa com a letra A. A Antonieta adora andar alegremente de árvore em árvore a acenar aos seus  amigos animais.

- Alô! Alô! Alce Assim-Assim!

- Alô! Alô! Avestruz Alfinete!

Naquela manhã, a aranha Antonieta estava na sua almofada a apreciar a sua aldeia. Ela adora deliciar-se com um agradável amendoim, acabadinho de apanhar da árvore amarela de alcagoitas. Foi então que... (...)

- Quem és tu? - perguntou o elefante.

- Eu sou a aranha Antonieta, da aldeia das Árvores Amarelas.

- Ehhhhh lá! Vens mesmo de longe! Eu sou o elefante Eduardo Embrulho e tu estás no ermo da Ervilha Espevitada, onde tudo o que existe começa com a letra E.

A Antonieta ficou eufórica.

- Letra E?! Ena!!! Eureca! Estonteante! Extraordinário! Até tenho a cabeça numa espécie de estado estrelado e efervescente..." 



Este livro escrito e ilustrado por Vanessa Namora Caeiro, inclui um guião para famílias e educadores, desenvolvido por Sandrina Esteves, professora no Instituto Superior de Educação e Ciências de Lisboa, com ideias e atividades para explorar as vogais e estimular o gosto pela leitura junto dos mais novos.

Está disponível para empréstimo domiciliário na Biblioteca Municipal, local privilegiado, onde podes descobrir o teu gosto pelos livros.


Com a ajuda da autora do livro, criem a vossa aranha Antonieta e divirtam-se a aprender.








01 setembro 2021

E AGORA LOBO MAU?

Todos conhecem o lobo mau das histórias de encantar, que come uma avozinha ao almoço, três porquinhos ao lanche e sete cabritinhos ao jantar. Mas, imaginemos que o lobo mau não gosta de matemática e não sabe contar.

Nem sete, nem três, nem um! Nem todos, nem nenhum. Ficará tão baralhado que acaba em jejum?

Ilustração Elisa Cesari

Deixa de aterrorizar todos os outros animais da floresta e quem por lá passa? Começa uma dieta vegetariana? Contenta-se com o pastel de atum que um menino vestido com um capuchinho vermelho lhe oferece? Cai na cantiga do pastor Pedro Pinto, que o envergonha, dizendo-lhe que tem um problema nos dentes?


Neste livro divertido, vencedor do Prémio Literário Maria Rosa Colaço em 2019, na categoria Literatura Infantil,  vais encontrar as respostas e cruzar-te com muitas personagens tuas conhecidas e tantas outras que vais gostar de conhecer. Também vais perceber que a matemática é uma presença constante na nossa vida. 

Ilustração Irina Avgustinovich

«Desistir de um problema não o resolve», pensou o lobo, a tentar contar até nove.

«Oh, aquela giesta, que será que a move? Está ali o capuchinho... quer que eu o prove?

E os cabritinhos, são sete ou são nove? E ali atrás, a raposa que o comprove, estão uns bois... são nove ou são dois?

Até os porquinhos, maçadores, vieram outra vez gozar comigo, por não saber os dias do mês.»


A autora do livro, Maria Francisca Macedo nasceu em 1988. Sempre foi aventureira e curiosa. Desde pequena que é apaixonada por ciências, experiências e animais, mas também por histórias e mundos fantásticos. Seguiu o curso de Biologia, que era o que fazia mais sentido. Mas, quando percebeu que os verdadeiros apaixonados por experiências, perguntas e histórias eram as crianças, mudou de curso e tornou-se professora do Ensino Básico, em 2011.

No sentido de dar asas à sua imaginação, tem procurado cursos de escrita criativa, de ilustração e de literatura infantil. Para além de dar aulas, vai (sempre que lhe é pedido) às escolas e bibliotecas encontrar-se com alunos e professores para fazer experiências e estimular a leitura, a ciência e a criatividade.

Graças a este projeto, foi distinguida pelo Global Teacher Prize Portugal 2018, com uma Menção Honrosa, pelo elevado contributo para a Educação e Sustentabilidade Social.






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