27 agosto 2021

PARA QUEM ACREDITA QUE É IMPORTANTE FAZER PERGUNTAS

Provavelmente, para ti, não há um antes e um depois da internet. Quando nasceste já estava tudo ligado e nem te parece possível que o mundo funcione de outra forma. No entanto, a internet mudou - e ainda está a mudar - muita coisa no mundo.

Através da internet, apareceram gigantes invisíveis como a Google e o Facebook, que transformaram a nossa forma de aceder à informação. Nas redes sociais, as notícias parecem supersónicas e as visualizações, os likes e as partilhas podem chegar aos milhões. O problema é que os rumores, os boatos e as mentiras também. 

Ilustração Andrea Rivoli

A informação e a desinformação (fake news) têm impacto nas nossas vidas, porque nos levam a tomar decisões. 

Somos seguidores, seguimos influenciadores, influenciamo-nos, com qual objetivo? Acreditamos em notícias sem pés nem cabeça, damos cabeçadas virtuais, cambalhotas emocionais, saltos mortais à retaguarda das palavras e, no final de tantas acrobacias, observamos a nossa própria solidão. Estamos mais ligados ou desligados do mundo que nos rodeia?

Ilustração Beatrix Papp

O livro, Gosto, logo existo, para leitores a partir dos 12 anos, acredita que é importante fazer perguntas e que as respostas não estão todas no Google. Que a vida não é um questionário de escolha múltipla. Que precisamos de tempo para pensar e para sentir. Que o mundo não é a preto e branco. E que um emoji, por muito fofinho que seja, é só um emoji.


🔆Já deste por ti na internet mesmo sem estares muito interessado? Não és o único: 60% das crianças e jovens dos 11 aos 17 admitem já terem estado ligados à net sem um objetivo.

🔆Apenas 1% dos jovens portugueses com 13 e 14 anos considera ser capaz de selecionar a informação mais relevante encontrada na internet e avaliar se é útil e de confiança.

🔆Quem passa mais tempo nas redes sociais diz que se sente mais sozinho. Um estudo concluiu também que esse sentimento de solidão se mantém mesmo quando os jovens estão com os amigos fora da internet, frente-a-frente.

Através da iniciativa

 do Plano Nacional de Leitura, 

podes ganhar prémios, com este livro.

Informa-te aqui







17 agosto 2021

DIA DO GATO PRETO

Devido às superstições em certas culturas, o gato preto é associado ao azar, sendo o gato mais abandonado, o menos adotado e o mais rapidamente abatido. 

Hoje em dia ainda há quem acredite que cruzar-se com um gato preto dá azar. Em séculos passados acreditava-se que os gatos pretos estavam ligados às trevas e que eram bruxas em forma de animal, levando à perseguição e extermínio destes animais.


Ironicamente, na Idade Média, a exterminação de gatos pretos levou até à proliferação das pestes nas populações europeias, através dos ratos.

O Dia do Gato Preto, assinalado hoje, pretende contrariar essas incorreções. Os gatos pretos são mesmo apontados por estudiosos como os gatos mais amigáveis e sociáveis. 

Recuando mais atrás no tempo, encontra-se na Pérsia antiga a crença de que o gato preto era um espírito amigo, criado para fazer companhia ao homem no mundo, sendo que qualquer agressão a este animal era uma agressão ao espírito amigo.


Observa a história do mundo de acordo com os gatos


"O Gato Marau vivia numa cidade muito grande e muito suja, à qual chamava a Grande Fedorenta. O Sol acabara de nascer na Grande fedorenta, e a barriga do Gato Marau estava a dar horas. C´os diabos, ele estava mesmo cheio de fome! (...)

"Sou o Gato Marau, o gato artista. Que belas panquecas que eu faço! Para os amigos sou malabarista, e quando digo piadas, pareço mesmo um palhaço! (...)

Sou o Gato Marau, o gato guloso! Que maravilha de gelatina, pãezinhos e queques suculentos, uau, isto aqui é gente fina!"

in, Gato Marau e a sua cartola

de Tracy-Lee Mcguinness-Kelly,

Editora Gatafunho 


Sabes o que dá azar?

Não conhecer as histórias dos gatos que vivem dentro dos livros da Biblioteca Municipal.

Ilustração Che-Yi Lin


13 agosto 2021

HISTÓRIAS DE PRINCESAS QUE NUNCA TE CONTARAM

Ainda bem presentes na nossa memória, estão os Jogos Olímpicos que decorreram este ano em Tóquio no Japão, em que Portugal conseguiu a melhor participação de sempre, com quatro medalhas e 15 diplomas - distinção entregue aos primeiros oito classificados.
Uma das medalhas, a de prata, foi conquistada no triplo salto por Patrícia Mamona.



Mas, sabes que nem sempre as mulheres puderam participar em eventos desportivos?

Kathy Switzer nasceu na Alemanha em 1947. Dois anos mais tarde mudou-se com a família para os Estados Unidos da América.
Começou a gatinhar rapidamente e, pouco tempo depois a andar e a correr. Aos doze anos começou a correr uma milha (1609 metros) por dia. Queria deixar para trás um mundo que dizia às meninas para ficarem quietinhas.
Em 1967 participou na Maratona de Boston, embora fosse algo proibido para as mulheres.

Ilustração Lydia Sánchez

Cruzou a meta com a força de todas as meninas do mundo, E, embora fosse agredida e desqualificada, continuou a correr sem parar, a saltar barreiras, a superar preconceitos, a surpreender aqueles que não acreditavam que uma rapariga pudesse alcançar uma meta assim.
Cinco anos mais tarde, conseguiu que todas as mulheres se pudessem inscrever oficialmente numa maratona.


Essa foi a sua grande vitória, o seu reino. Uma terra para todas as meninas que correriam atrás dela, nos seus bairros, nas suas escolas, nas pistas de atletismo e mais além.
Kathy nunca parou de correr porque havia uma chama que a movia por dentro...
E assim chegou o dia em que a maratona feminina foi declarada, por unanimidade, categoria olímpica.


Neste livro encontras oito histórias de princesas que nunca te contaram. Princesas do desporto como Kathy Switzer, mas também da música, do cinema, das palavras... da vida. Princesas que não nasceram princesas, que fizeram o seu caminho até conquistar o seu reino. Princesas incríveis que, como tu, inventaram outra forma de ser princesas.


Ilustração John Joseph

BOM FIM DE SEMANA


05 agosto 2021

AMIGOS IMPROVÁVEIS

O Luís não ria. Nunca ria. Nem um sorriso. Fora isso, era um miúdo como os outros. Brincava. Tinha família. Ia à escola (...)

Também não chorava muito. Mas chorava, quando se aleijava, ou, uma outra vez, quando queria muito uma coisa e não conseguia (...)

Um dia, o Luís conheceu o Filipe. O Filipe ria muito. Por tudo e por nada. Estava sempre a rir. O Filipe era um pouco mais novo, mas, desde que se conheceram, o Luís e o Filipe passaram a andar sempre juntos e foram ficando amigos. 

O Filipe fazia truques de magia. Ou melhor, tentava fazer. Ele queria ser mágico. O Luís gostava de falar sobre o universo e o espaço-tempo.

                                                               Ilustração Pierre Pratt

Esta é uma história sobre tudo isso: o que nos faz rir e o que move a nossa curiosidade; os pequenos truques dos mágicos e a Grande Magia do Universo.
Mais que tudo, é uma história sobre a mais valiosa das magias: a amizade.



Sabes que todos nós temos o grande zigomático? 
O que será?
É uma das coisas que irás aprender com este livro, mas não só...

…juntamente com os teus pais e amigos, podes jogar um jogo muito engraçado, que consiste em colocar os nomes ao contrário, como fizeram o Luís e o Filipe com os seus nomes,
Síul e Epilif.

Tenta decifrar esta frase:
Ue otsog ed ri à acetoilbib lapicinum.

Pierre Pratt, autorretrato

Pierre Pratt, o ilustrador deste livro, nasceu no Canadá, mas vive há alguns anos em Lisboa. Estudou design gráfico em Montreal. Começou por ser autor de banda desenhada, nos anos 80, dedicando-se depois à ilustração. Assina cerca de 50 álbuns ilustrados para crianças.
Premiado internacionalmente, recebeu em 2008 o prestigiado Prémio Hans Christian Andersen.



Ilustração Jacqueline van Leeuwenstein

Boas Férias
Boas Leituras


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