É isso mesmo, como na música do cantor português Boss AC.
Depois duma semana de estudo, desejas muita brincadeira no fim de
semana. Aproveita, então, a boleia da nossa sugestão de leitura e diverte-te. A partida é na sala infantil/juvenil da Biblioteca Municipal.
A locomotiva
Texto de Julian Tuwin
Ilustração de Paulo Galindro
Edição Qual Albatroz
Este livro surgiu no âmbito da presidência polaca da União
Europeia que decorreu no segundo semestre de 2011. A representação
da Comissão Europeia em Portugal e a embaixada da Polónia em
Portugal decidiram colaborar na edição e divulgação de uma obra
representativa da literatura infantil polaca ainda inédita do
público português. A escolha recaiu no poema “Lokomotywa”,
publicado pela primeira vez em 1938 e escrito pelo modernista Julian
Tuwim.
Poema curto, de 61 versos, é como uma onomatopeia gigante feita de
palavras e expressões que imitam o som de um comboio que corre
sonante pelos caminhos de ferro.
Editado inúmeras vezes no seu país de origem, ilustrado por vários
artistas, é atualmente de leitura escolar obrigatória do primeiro
ciclo na Polónia.
Para
traduzir esta edição em Portugal foram escolhidos dois tradutores,
- José Carlos Dias e Gerardo Beltrán - conhecedores profundos da
cultura polaca que conseguiram que o poema fizesse sentido em
português.
"Já na estação a locomotiva,
Pesada e enorme, sua aflitiva
Óleo de oliva.
Arfa, ofega e fogo bufa,
Da sua pança que treme e rufa:
Uf, que calor!
Puf, que calor!
Uh, que calor!
Puh, que calor!"
Julian Tuwim, nasceu em Lodz, Polónia em 13 de setembro de 1894, no
seio duma família de judeus e faleceu em 27 de dezembro de 1953.
Estudou direito e filosofia na Universidade de Varsóvia. Poeta,
tradutor de poesia, crítico, colecionador de textos esquisitos,
dicionários, livros raros e outras coisas bizarras, escreveu letras
de músicas sob o pseudónimo Oldlen.
Já em pequeno se notava a sua curiosidade pela linguagem e pela
poesia. Tinha um caderno onde apontava todas as palavras esquisitas
que encontrava e que depois analisava. Este seu amor e esta sua mania
pelas palavras é o que torna a sua poesia inconfundível. Adorava
brincar com os sons da língua, inventar palavras novas, trocando as
voltas aos prefixos e sufixos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, emigrou para a Roménia, França,
Portugal, Brasil e Nova Iorque, regressando à Polónia em 1946.
Foi
diretor artístico do Teatro Nowy em Lodz, vencedor de vários
prémios entre eles o prestigiado Laurel de Ouro da Academia Polaca
de Literatura.
Considerado por alguns críticos como o maior escritor do modernismo
polaco.Em sua memória, o parlamento polaco decretou o ano de 2013 como o Ano de Tuwim.
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