Tens memória de algum aplauso que te tenha ficado para a vida?
Já aplaudiste de pé? Em que situação?
Quando gostamos de alguma coisa ou de alguém, aplaudimos.
Mas, aplaudir, não é um gesto tão simples como aparentemente possa parecer.
Por isso, a Senhora Clap está a fazer uma pesquisa para um
Tratado de Aplausologia.
Tratado de Aplausologia.
A Senhora Clap, quando bate palmas, abre muito os olhos. Tanto, tanto, que se vê tudo dentro dela, ficando totalmente transparente do lado esquerdo.
É um livro sobre a arte de bater palmas, escrito por
Marta Duque Vaz,
com ilustrações de Alexandre Esgaio.
"Talvez um dia entremos numa livraria, ou numa biblioteca, e tenhamos a surpresa de encontrar, finalmente concluído, um livro raro, intitulado Tratado Universal sobre a Arte de Bater Palmas em Situações Alegres ou Tristes, da autoria de uma certa especialista em Aplausologia. Ou talvez um dia a descubramos, a ela própria, por aí, entre as pessoas transparentes que habitam o mundo.
Talvez, se andarmos muito atentos, a encontremos no meio da multidão ou no deserto, entusiasmada, a bater palmas aos mistérios do universo.
Porque aplaudir é provavelmente a mais antiga manifestação de contentamento, de alegria, de reconhecimento que há na Terra. E é preciso que se aplauda com espanto e privilégio.
Afinal, num mundo tão cheio de possibilidades calhou a cada um de nós o dom de sentir a beleza de um aplauso íntimo e silencioso ou o de uma estrondosa ovação."
As pessoas surdam aplaudem abanando as mãos na vertical.
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Alexandre Esgaio, nasceu em 1973 na Nazaré, vive atualmente em Lisboa.
Depois de mais de 30 anos a exercer psicologia clínica, dedica-se em exclusivo à sua grande paixão, o desenho.
Nunca frequentou nenhuma escola de Belas Artes, mas faz qualquer rabisco desde que tenha um lápis por perto.
Adora banda desenhada, rock n´roll e o mar.
Para além do livro da Senhora Clap a Biblioteca Municipal possui mais duas obras ilustradas por Esgaio: Agora tenho duas casas e Onde moram as casas.
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