17 dezembro 2021

"O AVÔ FOI SEMPRE MEU AMIGO...

Com ele brincava em casa.
Com ele saía à rua...
A andar no baloiço.
A comer um bolo.
A passear... a ver livros"

Para a grande maioria de nós, os avós são das pessoas mais importantes da nossa vida. São eles que contam as melhores histórias "daquelas de quando-era-novo, o país do qual os crescidos têm sempre muitas saudades".  São os avós que preparam a nossa comida preferida quando os visitamos, que nos dão todo o carinho do mundo e têm paciência infinita connosco, com eles temos oportunidade de conhecer as raízes da família, de aprender a conviver e a crescer num ambiente diferente, com regras distintas e pessoas diferentes, preparando-nos para o mundo que nos rodeia. E o Natal com a presença dos avós tem um sabor mais doce.

Ilustração Fabíola Solano

Mas muitas vezes estas pessoas de quem gostamos tanto, começam a esquecer-nos. 
Como é possível? O que fazer quando isso acontece?

Durante anos, o escritor Rui Zink teve de lidar de perto com a perda de memória e capacidades por parte de um familiar próximo - culpa da doença de Alzheimer. Inspirado nessa experiência, tão marcante na sua vida, o escritor pôs mãos à obra para construir o  livro editado pela Porto Editora, com ilustração de Paula Delecave 


O avô tem uma borracha na cabeça



"Demorei cinco anos a pensar nesta obra, que se tornou num livro de autoajuda para mim e que o poderá ser também para os leitores. Acima de tudo é um livro esperançoso, que ensina a lidar com a perda. Quero que tenha esse poder sobre quem o leia. É muito diferente daquilo que tenho feito. É uma proposta para os mais novos, humorada e poética, mas que, espero, possa chegar a todas as idades," refere o autor.

Rui Zink

"Um dia descobri que o meu avô tinha uma borracha na cabeça. As borrachas apagam coisas. E a cabeça do meu avô apagava coisas. As coisas dele. A vida dele. A ele. A nós (...)

Não aceitei. Como podia aceitar? (...) Fiquei desanimado. Os meus pais tentaram consolar-me: «Não fiques triste.» Mas como não ficar triste? O avô tinha uma borracha na cabeça! E agora? Iria desaparecer tudo? Ele não se iria lembrar de nada? Eu não podia deixar isso acontecer. Eu precisava de fazer alguma coisa. E foi então que tive uma ideia."

O livro está disponível na Biblioteca para requisição. Nele, através da sensibilidade de uma criança, chega-nos a lição mais importante: o amor é mais forte do que o esquecimento.









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