Luísa Dacosta faleceu ontem, dia 15 de fevereiro, aos 87 anos.
Professora e escritora, nasceu em Vila Real a 16 de fevereiro de 1927. Formou-se na Faculdade de Letras de Lisboa em Histórico-Filosóficas.
Começou a sua vida literária em 1955 com a
publicação de um livro de contos intitulado Província.
A
partir de 1972 iniciou a escrita de livros para crianças - onde se
destacou - e dirigiu coleções nesta área editorial.
Na
sua atividade de tradutora, traduziu obras das escritoras francesas Nathalie Sarraute e
Simone de Beauvoir. Colaborou em diversos periódicos, tais como
Colóquio/Letras, O Comércio do Porto, Jornal de
Notícias, Seara Nova.
Em
2009 foi homenageada na Feira do Livro do Porto e no ano seguinte
recebeu o Prémio Literário Vergílio Ferreira, atribuído pela
Universidade de Évora.
“Era
uma vez um elefante cor-de rosa...
Mas
não existem elefantes cor-de rosa!
Não
é inteiramente verdade, a verdade é outra:
não
existem na Terra elefantes cor-de-rosa, o que é muito diferente.
Mas
noutro planeta, fora da nossa galáxia, num mundo pequenino, forjado
no bafo de outras estrelas e aquecido por outro sol, havia elefantes
cor-de rosa.
Viviam
em florestas dum verde muito verde, entre pássaros azuis e manhãs
de cristal, sem atmosfera.
Moviam-se
graciosamente, naquele mundo amável, um pouco como balões soprados,
porque a gravidade não os prendia demasiado ao solo.
E
dançavam grandes rodas, dando-se as trombas, até altas horas de
muitas luas, porque não havia sofrimento e por isso o tempo não
podia medir-se.”
Luísa Dacosta
in, O elefante cor-de-rosa
Podes encontrar alguns dos seus livros na
Sala Infantil da Biblioteca Municipal
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