.... como se percebe por este poema.
E um carro como um louco, a acelerar,
Passava lento pela esquina redonda.
Lá dentro, pessoas sentadas em pé,
Caladas, em conversa animada,
E a lebre que o caçador matou
Num banco de areia muito patinou!
Mas a leitura é simultaneamente, diversão e riso, atenção e compreensão.
Ilustração Anna Pini |
Há livros que contam histórias, onde não entram heróis nem vilões, princesas, piratas, duendes e fadas, lobos maus ou animais fofinhos.
Onde as histórias contêm erros que surgem sorrateiros que nem ratos, e perguntas anunciadas por um GONG e que funcionam como um jogo, é uma loucura!
Que dia este, meu! Começou logo de manhã cedo, de noite já quase não consegui dormir, porque estava sempre a pensar numa adivinha qualquer. E então, de manhã cedo, tocam à porta, era a governanta surda do meu amigo António que me vinha entregar uma carta dele.
«Caro Bruno», dizia a carta, «ontem, quando estive em tua casa, deixei ficar aí o meu chapéu no bengaleiro. Faz-me o favor de o entregar à minha governanta. Abraços, António.» Mas a carta ainda continua, e ele escreve a seguir: «Olha, acabo de encontrar o chapéu! Desculpa o incómodo, e obrigado pelo trabalho que te dei.»
Assim começa esta história que foi transmitida na Rádio de Frankfurt (Alemanha) em 6 de julho de 1932, e que podes
requisitar aqui na Biblioteca Municipal.
O seu autor, Walter Benjamin foi um filósofo alemão, nascido em 1882 tendo falecido em 1940.
Escreveu contos para adultos e crianças, e fez muitos programas de rádio como o desta história com quebra-cabeças e adivinhas (e até um em que fala sobre o terramoto de Lisboa em 1755).
Como é que um homem pode chegar
aos 100 anos e festejar apenas 25 vezes o seu aniversário?
Mesmo em férias não deixes de ler... e de pensar.
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