TODOS DIFERENTES TODOS IGUAIS

Porque será que não temos todos a mesma cor de pele?

A Marta e a Kaelo são duas amigas muito diferentes fisicamente. Enquanto que a Marta tem a pele branca, o cabelo liso castanho claro, a Kaelo tem o cabelo negro encaracolado e a pele cor de chocolate.

As duas meninas são portuguesas, mas os pais da Kaelo são originários do Botswana, um país no sul de África.

Certo dia na escola, a turma da Marta e da Kaelo discutiram esse assunto e todos deram a sua opinião.

O Júlio, um menino de cabelo ruivo, acha que a pele é uma camuflagem. As pessoas que a têm branca podem esconder-se melhor na neve, os que a têm mais escura podem andar na noite sem que ninguém os veja. 

A Bogna, cujos pais são polacos, acha que os homens e as mulheres ficaram com a cor das tarefas que desempenharam no passado.

Ilustração Sachiko Yoshikawa

Depois de escutar os alunos, a professora explicou que a cor da pele depende da melanina. Quanto mais melanina tiver, mais escura a pele será. A melanina é uma substância química que protege a pele das radiações ultravioletas, os famosos raios UVA, que se encontram nos raios de sol. É como se fosse a sombrinha do nosso corpo.

Há milhares de anos - continuou a professora - os nossos antepassados eram muito parecidos com os macacos e tinham o corpo todo coberto de pelo, que os protegia dos raios solares. Pouco a pouco, e sem que se saiba porquê, foram perdendo o pelo. 

- E o que é que aconteceu? Ficaram todos queimados? - perguntou o Júlio.

- Não, não se queimaram porque o corpo é muito esperto e começou logo a produzir uma espécie de creme protetor de cor castanha: a melanina.

Os seres humanos espalharam-se pela Terra e a cor da sua pele mudou conforme o clima do lugar onde se instalaram.

Informação retirada do livro, 

Por que somos de cores diferentes?

de Carmen Gil

Ilustração Cristina Malaquias

É bom ser branco como o açúcar,

amarelo como o Sol,

preto como as estradas,

vermelho como as fogueiras,

castanho da cor do chocolate.

in, Meninos de todas as cores

de Luísa Ducla Soares

Fundamental é haver respeito e tolerância entre todos.