04 março 2013

Hoje apresentamos-te o livro “Os Maias”

Não se trata da sua versão original tal como a escreveu o seu autor, Eça de Queirós, mas sim uma adaptação para os mais novos do escritor José Luís Peixoto.


 Os Maias é considerado um clássico da literatura portuguesa, uma obra exemplar cuja excelência é capaz de resistir ao tempo.
Escrito por Eça de Queirós, foi publicado pela primeira vez em 1888, é uma das suas obras mais conhecidas e uma das mais importantes de toda a literatura narrativa portuguesa.
Há 125 anos que a sua história é lida, sendo uma das obras estudadas na disciplina de português do ensino secundário.


A ação de Os Maias passa-se em Lisboa, na segunda metade do século XIX e conta a história de três gerações da família Maia. Mas a sua história é também um pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente do país a nível político e cultural e à alta burguesia lisboeta da época.

 “Foi há muito tempo. Foi antes de tu nasceres, foi também antes de eu nascer, foi antes de os teus pais nascerem e mesmo antes de os teus avós nascerem. Foi no tempo em que as casas tinham nomes. Nesse Outono distante, a casa que os Maias vieram habitar em Lisboa era conhecida pela Casa do Ramalhete, ou simplesmente o Ramalhete. Este nome engraçado provinha de um painel de azulejos que estava numa das paredes, onde estava pintado um grande ramo de girassóis atado por uma fita.
Ninguém tinha morado no Ramalhete durante muitos anos. Mas a casa foi arranjada e os Maias vieram morar nela. Os Maias eram uma família rica da Beira que era composta pelo avô, que se chamava Afonso da Maia, e pelo neto, que já era crescido e se chamava Carlos da Maia. O avô Afonso era um homem rigoroso, mas amigo de todas as crianças que, quando o viam, corriam para ele porque sabiam que ele era simpático e paciente. Foi com esse rigor e com esse coração de avô que criou Carlos desde pequeno. Nessa época, viviam longe de Lisboa, num lugar de campos e jardins, próximo das margens do rio Douro, que tinha o nome de Santa Olávia”.

in "Os Maias", adaptado para os mais novos por
José Luís Peixoto

Caricatura de Eça de Queirós
por Rafael Bordalo Pinheiro



José Maria Eça de Queirós nasceu a 25 de novembro de 1845, na Póvoa de Varzim e morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris. É considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária.
Escreveu entre outros, O mistério da estrada de Sintra, O crime do Padre Amaro, A tragédia da Rua das Flores, O primo Basílio, A cidade e as serras.





Vem ao encontro do século XIX e dos Maias na sala infantil/juvenil da Biblioteca Municipal.
Boa semana. Boas leituras.


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