Escrito por Eça de Queirós, foi publicado pela primeira vez em 1888, é uma das suas obras mais conhecidas e uma das mais importantes de toda a literatura narrativa portuguesa.
Há 125 anos que a sua história é lida, sendo uma das obras estudadas na disciplina de português do ensino secundário.
A ação de Os Maias passa-se em Lisboa, na segunda metade do século XIX e conta a história de três gerações da família Maia. Mas a sua história é também um pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente do país a nível político e cultural e à alta burguesia lisboeta da época.
Ninguém tinha morado no Ramalhete durante muitos anos. Mas a casa foi arranjada e os Maias vieram morar nela. Os Maias eram uma família rica da Beira que era composta pelo avô, que se chamava Afonso da Maia, e pelo neto, que já era crescido e se chamava Carlos da Maia. O avô Afonso era um homem rigoroso, mas amigo de todas as crianças que, quando o viam, corriam para ele porque sabiam que ele era simpático e paciente. Foi com esse rigor e com esse coração de avô que criou Carlos desde pequeno. Nessa época, viviam longe de Lisboa, num lugar de campos e jardins, próximo das margens do rio Douro, que tinha o nome de Santa Olávia”.
in "Os Maias", adaptado para os mais novos por
José Luís Peixoto
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Caricatura de Eça de Queirós por Rafael Bordalo Pinheiro |
José Maria Eça de Queirós nasceu a 25 de novembro de 1845, na Póvoa de Varzim e morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris. É considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária.
Escreveu entre outros, O mistério da estrada de Sintra, O crime do Padre Amaro, A tragédia da Rua das Flores, O primo Basílio, A cidade e as serras.
Vem ao encontro do século XIX e dos Maias na sala infantil/juvenil da Biblioteca Municipal.
Boa semana. Boas leituras.
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