Já ouviste esta expressão? Sabes como
surgiu e o que significa?
A origem desta expressão vem dum dilema sobre a indecisão, criado pelo filósofo francês Jean Buridan que viveu no século XIV.
Buridan imaginou um burro cheio de sede e de fome que se depara com duas tigelas, uma com água e outra com comida, mas que fica tão indeciso sobre o que fazer primeiro, se comer ou beber a água que acaba por morrer à fome e à sede.
Por isso, sempre que alguém demora
muito tempo a tomar alguma decisão ouve a expressão “a pensar
morreu um burro”.
Ah, mas é fim de semana, estás à
espera da nossa habitual sugestão de leitura. Vamos lá então
escolher um livro para ti ... hum... este não, aquele também não,
o outro lá atrás é muito grande …, olha este aqui que coincidência, é mesmo este e é recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 4º ano de escolaridade.
“A pensar morreu um
burro: e outras histórias”
Texto de Helder Moura
Pereira
Ilustrações de Luís
Manuel Gaspar
Editora Assírio &
Alvim
“Quando acordou não sabia se tinha sido verdade ou se tinha sido um sonho. E também não sabia se era um sonho de verdade ou um sonho de mentira. Quer dizer: podia ter sido um sonho que ele sonhara – e nesse caso era verdade. Mas também podia ter sido um sonho que ele inventara e nesse caso … O próprio não sabia. Só sabia que na história (ou no sonho …) entrava um burro, um daqueles burros que só sai do sítio quando quer. Pois ali estava aquele mais o dono, ali com dois caminhos à frente. O burro estacou. Uma placa dizia LUA; a outra dizia VAZIO. O dono puxava-o para a lua mas ele nem ia para a lua nem para o vazio. O dono desistiu. «És mesmo estúpido! Hás-de ficar aí até morrer». E, quer acreditem quer não, foi o que aconteceu. O burro nunca se decidiu. Pensou, pensou, pensou … e morreu.
Não penses muito! Já
sabes o que fazer.
Requisita o livro na sala
infantil/juvenil da Biblioteca Municipal.
Foi
professor no ensino secundário e assistente da Faculdade de Letras
de Lisboa.
Ingressou
no Ministério da Educação em 1986, tendo exercido funções
técnicas na área da educação de adultos, nomeadamente em animação
de leitura e nos grupos de planeamento e redação da revista “Forma”
e do jornal “Viva voz”.
Ganhou
vários prémios literários entre eles o Prémio de Poesia Luís
Miguel Nava e o Prémio de Literatura Casa da América Latina/Banif,
este último pela sua tradução do livro “O inútil da família”
de Jorge Edwards.
Traduz
regularmente autores como Ernest Hemingway, Jorge Luis Borges, Sylvia
Plath, entre outros.
Bom fim de semana
Ilustração de Rafael Lopez
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