Crianças da Sala das
Andorinhas do Centro Infantil Arco-Íris, todas as salas do Jardim de Infância de Casal
de Malta e toda a Escola EB1 da Amieirinha, que
encheram a Biblioteca Municipal de riso e alegria.
Hora do conto com muitas
histórias contadas, - “Xavier, o livro esquecido e o dragão
enfeitiçado”, “A bruxa Mimi”, “Beijinhos beijinhos” -
muito teatrinho, feito pelas funcionárias da Biblioteca Municipal e
desta vez, também, com a colaboração de uma ex-funcionária da
casa, a Albertina Couceiro, que estando reformada ainda sente
saudades destas atividades e colabora connosco quando solicitada.
Obrigado Albertina!
É muito gratificante
desenvolver esta atividade, porque sentimos muita recetividade por
parte destes pequenos leitores, a história é sempre ouvida com
grande curiosidade, mas muita atenção.
Grande parte destas
crianças começaram a frequentar a Biblioteca, com os pais e avós, na sequência das visitas feitas com as respetivas escolas ou jardins de infância, tornando-se leitores assíduos, escolhendo livremente os livros, que
pretendem ver e ler.
Esta liberdade de escolha,
que é tua e de todos nós, deve-se a uma revolução que aconteceu
no nosso país, faz amanhã precisamente 39 anos, o
25 de Abril de
1974.
Nesse dia um grupo de
militares decidiu pôr termo a 48 anos de medo, silêncio, angústia
e tristeza, em que Portugal viveu durante o regime fascista e o povo
juntou-se aos militares, saiu à rua, gritou BASTA! e assim se fez a
festa da liberdade.
As portas que Abril abriu
Era uma vez um país
onde entre o mar e a
guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.
(…)
Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinheiro estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos do passado
se chamava esse país
Portugal suicidado.
(…)
Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.
Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais
ordena.
(…)
José Carlos Ary dos
Santos,
in Obra poética
Edições Avante!
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